A evolução é permantente



Que o mundo mudou radicalmente nos últimos 20 anos, ninguém discorda. O próprio comportamento do homem sofreu grandes mudanças, impactado principalmente pelas novas tecnologias. Porém, a cidade onde ele vive ainda não está preparada para esse novo perfil, desde sua estrutura até os serviços oferecidos aos cidadãos. Felizmente, a tendência é de que isso mude e, daqui mais 20 anos, tudo seja diferente do que temos. Essa foi a visão compartilhada por Ernani Uemura, diretor corporativo da NEC, no segundo painel do XI Encontro com Presidentes, realizado ontem (22), em São Paulo.

 

Para esclarecer o mundo em que vivemos hoje, Uemura citou as projeções realizadas pelo cientista social Jean Paul Jacob, em 2005. Na época, ele afirmou que dali dez anos haveria uma desintermediação, uma massificação com personalização, uso grande de serviços digitais e o crescimento da internet. “É exatamente o que estamos vivendo. É um mundo completamente novo”, definiu.

 

Ele explicou que as mudanças também estão ocorrendo cada vez mais rápidas. “Se antigamente tudo durava muito mais tempo, agora temos uma revolução constante, que mal conseguimos perceber. E até por isso, muitas vezes, não sabemos como lidar com ela”, comentou. Ele cita como exemplo o tempo que um canal de comunicação demorou para atingir 50 milhões de usuários. Se com o rádio foram 38 anos, a TV demorou 13 e o Facebook apenas dois.

 

Todo esse cenário, na opinião do diretor da NEC, é a prova de que estamos realmente na Era da Informação e do Conhecimento. Agora, o homem transforma a tecnologia e ela transforma o homem. “Não há mais volta, o digital e as mídias sociais mudaram tudo, o comportamento, a forma de das pessoas pensarem e de fazer as coisas”, esclareceu.

 

Por isso, Uemura colocou como necessário que empresas e setor público se preocupem com o lugar onde essas pessoas vivem. “É preciso criar uma ambiente propicio para esse novo individuo. O caminho são as cidades inteligentes, que devem ser eficiente, agradável, sustentável e segura”, apontou. Ele explicou ainda que o funcionamento dela é similar a um corpo, com um Centro de Operações sendo o cérebro e comando toda a cidade, automatizando serviços. Um exemplo que vamos ter no Brasil, citado pelo executivo, é a Arena Pernambuco. Ela será a primeira smart city da América Latina.

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