CEO da Arklok descreve a trajetória da empresa que apostou no mercado de aluguel de equipamentos com um novo modelo de negócio
O aluguel de computadores, notebooks e servidores cresce no Brasil com um valor agregado que já permite ser chamado de outsourcing de TI ou “hardware as a service”, incluindo provisão de gestão de ativos e redução de custos garantida em contrato. Contribuindo para a expansão do setor com esse novo modelo de negócio está a Arklok, nascida há 15 anos com um contrato de aluguel de nove máquinas e que, atualmente, já conta com uma base de mil clientes e 300 mil equipamentos alugados. Detalhando como a ideia nasceu, cresceu e vem rompendo a cultura patrimonialista dos brasileiros, Andrea Rivetti, CEO da Arklok, participou, hoje (11), da 930ª. edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
De família empreendedora, Andrea sempre sonhou em ter o próprio negócio. Com isso, mesmo formada em Direito, tão logo saiu da faculdade, em 2008, ela já começou a empreender, com pouco dinheiro, mas muita vontade e determinação. Ainda sem saber que enveredaria pelo mundo da tecnologia, era movida pelo espírito de servir, de oferecer alguma prestação de serviço para as organizações. “Conversando com executivos e profissionais, identifiquei necessidades na área de computadores, onde havia ociosidade e desperdício ao mesmo tempo. Pesquisando descobri empresas que alugavam esses e outros equipamentos, porque representavam vantagens, mas era preciso ir mais longe nessa entrega.”
Logo lhe veio a ideia de que o caminho não seria simplesmente o aluguel de máquinas, mas a entrega de provisão financeira. E, quando tentavam desanimá-la, desacreditando no negócio, pelo fato do brasileiro ser patrimonialista, ela explicava que não iria trabalhar simplesmente com locação de equipamentos, mas com a gestão de ativos e redução de custo. “Meu propósito era me diferenciar do que outras empresas estavam fazendo, ajudando os clientes com um outsourcing ou um modelo de hardware as a service, solucionando uma série de problemas que existiam como consequência da aquisição de equipamentos. O primeiro contrato foi com o aluguel de nove máquinas e, por meio de recursos próprios, fomos ampliando o empreendimento.”
Dentro do modelo de negócio, a redução de custos é colocada em contrato, sendo que a Arklok compra todos os equipamentos e os oferece aos clientes com prazos de locação de 36 a 72 meses, em um negócio de capital intensivo, mostrando para o cliente que a empresa está investindo também no mesmo. Ao ser indagada sobre a construção da cultura cliente nessa trajetória, ela respondeu que foi muito desafiador, diante do que teve de enfrentar. “O mercado de tecnologia é muito masculino e extremamente dinâmico, com muitas mudanças o tempo todo, então, o que me ajudou foi minha crença inabalável no modelo de negócio. Porque não faz sentido nenhum a compra de qualquer ativo de tecnologia, com custos indiretos altíssimos. Então, viemos construindo essa cultura por meio da conquista de confiança, paulatinamente.” Isso se deu também por um processo permanente de escuta ativa para descobrir como ajudar da melhor forma os clientes.
Atendendo praticamente todos os segmentos, a executiva explicou que Arklok não trabalha com produto de prateleira. Cada negócio é feito sob medida para o cliente, efetuando vendas consultivas para entregar o que é melhor para ele. “Até hoje, com mais de mil clientes em carteira, e gerenciando mais de 300 mil itens, todos sabem que tem atenção total da nossa empresa, por isso viemos crescendo, durante 10 anos, 100% no boca a boca, economizando no marketing para poder comprar equipamentos. Conseguimos avançar, montando uma equipe técnica super preparada para nos ajudar cada vez mais.”
Dando uma ideia do potencial desse mercado, a CEO disse que, enquanto nos Estados Unidos 47% dos equipamentos já são atendidos por serviços de locação, no Brasil não passam de 2%. Houve tempo ainda para explicar como se deu o crescimento da Arklok, destacando a atuação próxima, estando pelo menos uma vez por mês dentro da empresa do cliente para entregar relatórios e medir a percepção sobre os serviços prestados. Ela contou também que não tem contrato de exclusividade com nenhum fabricante, já que cada cliente tem uma necessidade diferente, e deu detalhes das vantagens do outsourcing para as empresas, entre outros assuntos.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 929 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 2,8 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (12), com a presença de Mariana Perez, CPO da Webmotors, que falará da aposta na prestação de serviços com apoio de IA; na quinta, será a vez de Emanuelle Henche, gerente de marketing da Philco; e, encerrando a semana acontecerá o terceiro Café da Manhã Híbrido comemorando os 25 anos da Grube/ClienteSA, com vários líderes da atividade debatendo “Cultura cliente: Onde a tecnologia agrega mais valor à experiência do cliente?”.