Para atrair e fidelizar novos clientes, é importante trabalhar individualmente com um olhar mais focado na tendência para o custo por aquisição do que para a rentabilidade dessa primeira conversão
Autora: Fernanda Cunha Lima
Uma das máximas do Marketing é que cada cliente é muito particular e tem necessidades únicas que devem ser identificadas e respeitadas para que as campanhas tenham sucesso. E essa realidade não mudou com a disseminação do uso das plataformas digitais. Muito pelo contrário. A grande tendência do Marketing Digital é trabalhar os clientes de forma individualizada, para que seja possível estabelecer uma conexão com eles, criando para cada um experiências que sejam relevantes dependendo do momento em que ele se encontra dentro da jornada de conversão.
Para conseguir essa personalização, até pouco tempo atrás era preciso uma boa dose de esforço manual ao configurar as campanhas: você entrava no Google Search, escolhia as palavras-chave, depois atribuía um custo por click específico para cada uma delas, e assim por diante… Hoje está muito mais fácil. A gente tem a Inteligência Artificial e os algoritmos de otimização cumprindo um papel importante tanto na personalização quanto na distribuição desse conteúdo para os usuários.
Sem a força da IA e dos algoritmos de otimização torna-se bastante oneroso criar campanhas online que gerem mensagens particulares para cada um dos usuários. E a tendência é que o Marketing Digital irá precisar, cada vez mais, aproveitar todo o potencial dessas ferramentas, fazendo uso inteligente e estratégico delas para ser assertivo na comunicação com os usuários.
Para conseguir isso, dois pontos são fundamentais. O primeiro é conhecer e se atualizar permanentemente sobre o que existe de mais inovador em termos de IA e algoritmos de otimização. O segundo está em adquirir expertise para aproveitar ao máximo essas novas tecnologias. Afinal, quando falamos em introduzir algoritmos nas plataformas online, devemos focar na importância de gerar informações fidedignas para esses algoritmos trabalharem. E isso vem, principalmente, através de uma estrutura assertiva de tagueamento do site e do conhecimento das estratégias possíveis de serem montadas dentro das plataformas fazendo uso desse arcabouço da inteligência artificial disponível ali.
As campanhas de máxima performance envolvem várias plataformas – YouTube, displays, GMail, Google Search, Google Shopping – o que torna a utilização das ferramentas de IA e dos algoritmos de otimização ainda mais necessária, principalmente quando falamos de mídias pagas. No entanto, quando pensamos em uma comunicação mais abrangente, envolvendo o cliente final, percebemos uma grande tendência de humanização, o que em certo sentido vai na contramão da IA e dos algoritmos. Nas mídias sociais – Instagram, TikTok – vemos criativos humanizados feitos por uma pessoa comum que pegou o celular e filmou um conteúdo tendo performances muito boas. Tal fato ocorre porque esses criativos, dentro de um ambiente digital que é mais frio, geram uma conexão mais humana.
Já em se tratando de estratégias específicas para atrair e fidelizar novos clientes, é importante trabalhar individualmente esse público com um olhar mais focado na tendência para gastos, ou seja, para o custo por aquisição, do que para a rentabilidade dessa primeira conversão. Isso ocorre porque ao investir nas campanhas e ferramentas para trazer esse cliente novo você poderá gastar um pouco mais, no entanto, com a estratégia certa, ele vai entrar na sua base e começar um relacionamento com a sua empresa que irá gerar um lifetime velho com o tempo. Isso, sem dúvida, é uma alavanca importante para o crescimento do negócio.
Então, seja qual for o perfil do cliente que a campanha quer atingir, o Marketing Digital está aí para unir os avanços contínuos da tecnologia com o lado humano. Mesmo que não haja o olho no olho, o objetivo é estabelecer uma conexão. E hoje é possível fazer isso – bem – aliando inteligência humana à inteligência artificial.
Fernanda Cunha Lima é sócia e CEO da Kipiai.