Autor: Welson Marinho
Atualmente, quando falamos dos jovens, podemos encontrar perfis muito distintos. Alguns são alienados devido ao excesso de informações outros, à total falta dela. Além disso, algumas universidades do tipo “delivery”, que visam apenas o lucro, acabam jogando no mercado de trabalho muitos formandos despreparados para exercer suas funções técnicas. Muitos têm pressa e querem demais, porém nada realizam.
Por outro lado, felizmente, também é possível sim, ver uma geração de jovens antenados, trocando informações e compartilhando conhecimento nas redes. Alguns, inclusive, desenvolvendo suas próprias startups com o objetivo de solucionar problemas sérios desta nova fase chamada de “Revolução Digital”.
Aqui no Brasil nós já temos uma corrente fluindo rumo ao futuro, existem muitos jovens visionários, engajados em projetos inovadores. Mas se compararmos com países como Estados Unidos, Israel e também representantes da Europa e Ásia, ainda estamos muito atrasados nessa corrida.
Para que consigamos acompanhar toda essa inovação é importante compreendermos para onde o mundo está caminhando, onde tudo será conectado por IPs. Atualmente, nós temos as soluções de IoT (internet das coisas), diminuindo os espaços geográficos e a taxa de inovação segue aceleradíssima, trazendo grandes transformações. Os modelos de negócios 100% dependentes das tecnologias são uma realidade, como Uber, Airbnb, Whatsapp, Snapchat e tantas outras ferramentas. Estamos em um mundo que segue em direção à robótica, redes neurais compondo a Inteligência Artificial.
A geração Millenials está acompanhando essa evolução, eles estão chegando com tudo, assumindo novas e importantes posições nas organizações. Alguns deles possuem conhecimento para mudar estrategicamente a estrutura hierárquica das empresas, tornado-as organizações exponenciais como o Facebook, Amazon, Waze, Netflix e Google. Esse tipo de empresa busca mudar a forma de fazer negócios para acompanhar o mercado até 10 vezes mais rápido que as concorrentes que ainda operam de forma linear.
Os jovens podem trazer esse novo olhar, fazendo uma leitura mais rápida e criativa das necessidades de seus consumidores do mercado atual. E, certamente, não precisarão esperar 20, 30 anos pelo sucesso como seus pais ou avós esperaram.
Este mundo, para o qual estamos caminhando rapidamente, é “100% tecnológico” e gerará impactos tremendos no modo de vida e trabalho que temos hoje. Existe uma estimativa de que teremos 90% menos advogados no mundo e mais casas sendo construídas por impressoras 3D.
A expectativa é que todos nós tenhamos uma impressora 3D em casa, para imprimir os produtos que quisermos, desde roupas, bolsas, sapatos, até utensílios domésticos. Os carros serão totalmente autônomos e conduzidos tecnologicamente, um mundo que será abastecido exclusivamente por energia elétrica produzida através da tecnologia de captação de luz solar e com distribuição homogênea. A forma de aprendizado que conhecemos hoje será extinta, tudo dependerá da tecnologia.
Então, eu pergunto: Teremos condições de não ficar conectados 24 horas por dia? E já antecipo a resposta: Não, não teremos esta opção.
Por fim, acredito que há grandes chances de termos uma geração de jovens bem sucedidos. Mas é óbvio que este resultado depende de algumas variáveis importantes, tais como o geo-social, intuição metafísica, hereditariedade e, a mais importante, a própria força de vontade desse jovem de querer participar de um futuro que está sendo construído hoje e que, em cinco anos, apresentará um cenário muito diferente do que temos hoje.
Welson Marinho é diretor comercial do Fliig.