A nova geração de executivos de finanças


O Instituto Brasileiro de Executivo de Finanças (IBEF-SP) concluiu uma pesquisa enviada a 200 associados, na faixa etária de até 35 anos, cujos resultados revelam o perfil da chamada “nova geração” de profissionais que estão fazendo carreira na área de finanças. Entre os entrevistados, 62,8% exercem o cargo de gerente e 14,2% já são diretores na área de finanças. Apenas 2,8% dos associados do IBEF-SP até 35 anos ainda estão em programas de trainees, mesma porcentagem daqueles que são hoje assistentes/analistas. Outros 17,1% estão em diferentes funções.

Outro dado é que a maioria (94,25%) dos jovens profissionais da área de finanças ainda é composta por homens, com 62,8% na faixa etária de 30 a 35 anos e 62,8% casados. Entre os entrevistados, 34,2% têm entre 24 e 29 anos e somente 2,8% têm entre 18 e 23 anos. A remuneração anual de 45,7% dos entrevistados está entre R$ 101 mil e R$ 200 mil; 22,8% ganham entre R$ 201 a 500 mil por ano, empatando com aqueles que disseram receber anualmente uma quantia de até R$ 100 mil. Somente 8,5% dos jovens executivos entrevistados já têm remuneração anual acima de R$ 500 mil.

A pesquisa captou também a tendência de uma maior mobilidade na carreira dos jovens executivos. A maioria permanece na mesma empresa entre 1 e 5 anos (45,7%); entre 5 e 10 anos na mesma empresa, estão 28,5% dos entrevistados. Apenas 17,1% seguem há mais de 10 anos sem mudar de emprego, enquanto 8,5% ingressaram no atual emprego há menos de um ano. Atualmente, a maior parte (42,8%) dos jovens executivos de finanças está em empresas da área de serviços, seguida pela área industrial (34,2%).

Capacitação – Com apenas 11,4% das respostas, Economia, que costumava ser o curso de graduação campeão entre os executivos de finanças, perdeu a liderança para o curso de Administração, concluído por 45% dos jovens profissionais. Também há uma significativa presença dos cursos de Engenharia (14,2%) entre os graduados.

Do total, 65,2% dos jovens executivos de finanças também possuem cursos de pós-graduação e/ou MBA; e 8% ainda estão cursando. Deste total de 74,2%, a maioria (76 %) escolheu como caminho para a especialização a pós (ou MBA) nas áreas de finanças ou contabilidade/controladoria.

Além dos cursos de pós-graduação, há a importância da experiência prática. Quando questionados sobre qual área atuam, ou possuem interesse em atuar, 45,7% dos jovens executivos apontaram para a área de Controladoria, seguida de Finanças (31,4%) e Administração (8,5%).

Qualidades e dificuldades – Ainda, conforme a pesquisa, as qualidades que a nova geração de executivos de finanças vêem como as mais importantes para desempenhar suas funções são: competência, citada por 37%, olhar crítico e inovação (cada um citado por 31% dos entrevistados), criatividade (29%), planejamento (26%) e conhecimento (23%).

Sobre as dificuldades que encontraram para ingressar na área de finanças, 20% alegaram falta de experiência; para 17,1%, a falta de oportunidades/vagas é o maior obstáculo; 2,8% apontaram a qualificação inadequada; 5,7% a falta de relacionamento no meio; e 54,2% alegaram outros motivos.

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