A Americas Market Intelligence (AMI) lançou o documento técnico “The State of Contactless Payments in Latin America”, encomendado pela Visa, que explora os principais desafios à adoção de pagamentos com essa tecnologia na região. A análise revela que a migração para os cartões com a tecnologia sem contato é a estratégia mais competitiva para reduzir o uso de dinheiro em espécie e acelerar a adoção da próxima geração de tecnologias de pagamento, como os pagamentos via celular, wearable e outros dispositivos IoT.
“Os pagamentos sem contato possibilitam uma experiência de pagamento mais rápida para substituir o uso de dinheiro e são a base de novos usos de pagamento, pois combinam tokens, biometria, NFC e outras plataformas disponíveis para melhorar a experiência de usuário”, diz Ricardo Tafur, vice-presidente de Produtos de Consumo da Visa para a região América Latina e Caribe.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES E DADOS
– Os pagamentos contactless ainda estão em estado inicial na América Latina, com menos de 1% das transações com cartão presente sendo realizadas por esse método.
– Os cartões com a tecnologia de pagamento sem contato são o melhor meio para os bancos terem acesso a essas transações, pois oferecem uma experiência de pagamento rápida, sem atrito e segura.
– O Brasil foi um dos pioneiros na implentação da tecnologia contactless na região assim como também foi o primeiro a lançar o cartão com chip, em 1996.
– Muitos adquirentes iniciaram ou já concluíram a atualização dos terminais POS para aceitar pagamentos sem contato, sendo que a penetração nos principais mercados da região varia de cerca de 37% no Peru a quase 75% no Brasil.
– Os emissores brasileiros estão alinhados com a Visa e trabalhando para a emissão em grande escala.
– Para que os pagamentos contactless ganhem escala, a indústria de pagamento da América Latina precisa trabalhar coletivamente para: emitir cartões de crédito e débito com a tecnologia de pagamento sem contato; garantir a presença de uma rede de aceitação eficiente; treinar e motivar estabelecimentos comerciais adequadamente; e ensinar aos consumidores os benefícios e a utilidade dos pagamentos sem contato.
– Se o ecossistema de pagamento da América Latina não convergir para a tecnologia de pagamento sem contato, é possível que a concorrência entre no mercado com um padrão alternativo – como os códigos QR -, o que tornaria obsoleto o sistema POS e debilitaria toda a infraestrutura de pagamento baseada em POS da região.