A tendência dos pagamentos móveis

Uma pesquisa global realizada pela KPMG International, com cerca de mil executivos das áreas financeira, de varejo, de tecnologia e de telecomunicações, apontou que a realização de pagamentos com o uso de aparelhos móveis (sistema conhecido como mobile payment, a partir do uso de telefones celulares, smartphones e outros tipos de soluções) no ato do consumo será o meio de pagamento mais utilizado dentro de até quatro anos. 
A pesquisa global descobriu que 83% dos entrevistados acreditam que os pagamentos móveis serão, dentro de até quatro anos, a principal modalidade utilizada pelos consumidores, na comparação com meios tradicionais, como o uso de dinheiro vivo, cheques ou cartões de débito ou crédito. No entanto, entre todos os executivos ouvidos, 9% já consideram os meios de pagamento móveis os mais importantes de suas áreas. Já 46% dos entrevistados acreditam que essa solução consolidará sua presença em um prazo menor: em apenas dois anos. Vale ressaltar que essa percepção de tendência sofre pequenas variações de acordo com a região ou o setor originário dos entrevistados.
 
Enquanto a maioria dos líderes empresariais entrevistados dizem acreditar que os consumidores estão preocupados com a segurança e privacidade ao usar dispositivos móveis, muitos consideram que outros fatores são mais atraentes para uma estratégia bem-sucedida na promoção dessas transações. 81% acreditam que a conveniência e acessibilidade são os principais atributos dessa modalidade de pagamento; seguidos pela simplicidade e facilidade de uso, com 73% das respostas; segurança, com 57%; e baixo custo, com menos 43%. Ao mesmo tempo, líderes empresariais do mundo todo apontam a segurança (71%) como o principal desafio para o desenvolvimento de estratégias para pagamentos móveis.
 
Com a indústria de pagamentos móveis apontada como um dos grandes destaques dos próximos anos, espera-se que várias empresas venham a desempenhar um papel significativo no setor, embora dois grupos empresariais sejam os principais candidatos, dizem os entrevistados. Os bancos (82%), que tiveram uma posição de destaque na cadeia de valor, e as empresas de cartões de crédito (77%) terão um papel importante globalmente nesse processo, de acordo com os líderes empresariais. 
 
Eles posicionam as empresas de telecomunicações em terceiro lugar nessa lista (72%); à frente de empresas on-line especializadas em pagamentos (68% – por exemplo, PayPal, Boku, Obopay); gigantes provedores de serviços on-line (67% – Google, Facebook, Amazon); varejistas (63%); e empresas de tecnologia (62%). 
 
 
No Brasil, o mobile payment também já começa a chamar a atenção. “A realidade bancária brasileira é muito diferente da internacional: nosso sistema bancário é muito mais desenvolvido e avançado do que no resto do mundo, inclusive dos países desenvolvidos e, principalmente, nos segmentos de transações eletrônicas”, diz Manuel Fernandes, sócio da KPMG no Brasil na área de Audit e líder para o segmento de Information, Communication & Entertainment. 

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