Comodidade, essa é uma palavra-chave para o cliente nos dias atuais. Não por menos o mercado de varejo on-line vem crescendo a cada ano a porcentagens bastante positivas. A vantagem de comprar, receber e se comunicar com a empresa sem sair de casa – e, agora, onde quiser, por meio dos smartphones, tornou-se mais que um atrativo, uma necessidade. Há quem já dê prioridade a esse tipo de compra, deixando a opção offline apenas para emergências. E é justamente esse fator que vem se tornando um aliado para o surgimento de opções de negócio, como os clubes de assinatura.
Unindo a praticidade da Internet com a grande oferta do mercado de marcas, produtos e serviços, essas empresas funcionam por meio do foco em um nicho. Ou seja, concentram-se em um segmento e oferecem aos consumidores a possibilidade de experimentarem esses itens, por meio de uma assinatura, e permitem que eles conheçam mais sobre o mercado, consumam esses produtos e ainda se relacionem com as empresas. “O custo de aquisição de cada novo comprador é o grande desafio para qualquer e-commerce. Por isso, modelos de negócio que pressupõe assinatura têm a recorrência como aliado, pois o custo de aquisição do comprador será diluído pela recorrência do próprio cliente”, comenta Igor Senra, CEO do Moip.
Porém, como ainda está no começo, esse negócio ainda é pouco representativo no Brasil. Sendo, segundo Senra, um pouco mais de 1% do total do mercado de e-commerce, enquanto nos Estados Unidos já chega a 4%. Por outro lado, ainda assim, esse modelo pode vir a crescer e se desenvolver em solos brasileiros, justamente, por oferecer comodidade aos consumidores – fator que vem conquistando, e bastante, seus adeptos. Como a busca por conforto é um dos principais atrativos, o executivo ainda ressalta que é imprescindível o investimento em um bom atendimento. Até porque, de acordo com ele, “os clubes têm maior oportunidade de encantar o cliente, principalmente por terem mais pontos de contato”.
Senra ainda comenta que essa é uma opção de negócio que vale a pena a ser considerada, especialmente pelo fator do valor baixo de aquisição de um novo público. “Do ponto de vista do cliente, ele acaba criando um vínculo com a empresa, a relação de confiança aumenta e tem sua demanda resolvida da maneira que foi negociada”, avalia. Mas, claro, que a fidelização não vem somente pela oferta do produto e a entrega de praticidade. Oferecer qualidade e prestar um serviço eficiente também são fatores primordiais. Ele ainda cita como exemplo o Clube do Malte, que é voltado à entrega de cervejas especiais. “Ao expandir os negócios da loja física para a internet, o Clube investiu em assinaturas explorando um nicho de mercado.”