Segundo o IBGE e a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd) os revendedores já somam 4,4 milhões no Brasil. O país perdeu 623 mil empregos formais, de acordo com o IBGE, nos 7 primeiros meses de 2016. Diante desse cenário, o setor de vendas diretas tem sido visto como oportunidade de renda para os brasileiros nesta situação. “As revendedoras que nos procuram geralmente precisam de renda extra, pois perderam o emprego ou precisam ajudar em casa porque o marido está desempregado”, menciona a CEO da Francisca Joias, Sabrina Nunes.
Para entrar na área os revendedores investem de acordo com valor proposto pela empresa. Muitas vezes varia entre R$ 120 e R$ 900 e recebem, em média, de 20% a 30% de comissão sobre o valor dos produtos vendidos. Em alguns casos, não há investimento inicial.
“Ao intensificar as operações B2B e apostar na venda direta conseguimos colher resultados que mostram a capacidade de se adaptar à recessão e manter as vendas para todas as classes”, destaca a executiva. As vendas diretas foram à saída encontrada pela Francisca Joias, que antes só comercializava peças pelo e-commerce, para ampliar seus resultados e manter o crescimento durante a crise. “Testamos a revenda por meio da venda direta e deu muito certo. Logo no início da crise resolvemos ter mais esse canal de vendas, o que nos ajudou a manter o ritmo de crescimento da loja em 10% ao mês.”
O resultado com a venda de brincos, anéis, pulseiras e colares foi um faturamento de R$ 1,8 milhão em 2015. O número significou um avanço de mais de 50% frente a 2014. Para este ano, a meta é ultrapassar os R$ 2,5 milhões, o que representaria um crescimento de quase 40% sobre o ano passado. “Atualmente, nossos maiores investimentos estão voltados à tecnologia, como prevenção de fraudes nas compras via internet, e na divulgação dos nossos materiais através das redes sociais”, complementa.