Por mais que a Copa do Mundo seja um momento de oportunidade para as empresas investirem em ações de relacionamento com os clientes, essa preocupação não deve existir apenas durante esses grandes eventos, uma vez que é preciso de tempo para estreitar laços com o público. Ações sazonais, quando o relacionamento ainda não existe, podem fazer com que a ação não possua resultados efetivos. “Investir no relacionamento com os clientes deve ser algo feito antes, durante e depois da Copa. Empresas que porventura decidirem investir somente para aproveitar o evento, certamente estão fadadas ao fracasso, uma vez que o relacionamento ocorre em bases longas”, ressalta Marcos Morita, especialista em estratégias empresariais e mestre em administração de empresas.
Caso a empresa já possua técnicas centradas no cliente, Morita esclarece que realizar práticas para fortalecer a comunicação durante o Mundial é uma boa tática, já que ajudará a fixar a marca, posicioná-la ante ao mercado e, ainda, gerir vendas. Porém, não vai ser qualquer ação que será bem-vinda, a empresa necessita planejar qual a estratégia que se encaixa melhor ao seu perfil e ao perfil do público que queira alcançar. “Um banco pode investir em propaganda, lançar produtos alusivos a competição, vestir seus funcionários e agencias, porem não há grande envolvimento do produto ou serviço com o evento. Outro lado seria um bar ou restaurante, o qual pode ter ganhos diretos e reais com a Copa. Neste caso ações mais concretas seriam as mais adequadas, tais como: troca de televisores, contratação de mão de obra extra, lançamento de novos pratos, promoções para os dias da Copa”, explica ele.
Além das ações temporárias, outro erro levantado pelo especialista é o negócio não cumprir aquilo que foi planejado, seja em promoções, realização de eventos ou na produção de um produto especial. Ao invés de conquistar o cliente, corre-se o risco de passar uma imagem negativa e que irá perdurar após Copa. “Prometer demais é sempre um erro. Imagine um bar que prometa uma grande festa ou visão completa dos jogos e não comprar televisores novos ou contratar mão de obra extra, deixando seus clientes mal servidos. O mesmo pode ocorrer com fabricantes de produtos e serviços que ofereçam versões alusivas à Copa que pouco diferencial tenham a oferecer”.
Assim como não é aconselhável que não se estreite laços somente antes do Mundial, deixar de fazê-los após o evento também é uma falha que as empresas devem evitar. Como já havia dito Morita, o relacionamento deve ser feito antes, durante e depois, para, assim, conseguir criar um legado permanente. “As empresas é que precisam pensar de que maneira aproveitar o investimento após o término do evento, de maneira que não haja elefantes brancos”.