Autor: Tiago Dalvi
Embora tenha entrado há pouco mais de dois anos na pauta dos grandes e-commerces brasileiros, é inegável que o conceito de marketplace já é um sucesso no Brasil. Os números comprovam isso: uma pesquisa recente apontou que as vendas feitas por meio dele, em 2015, já responderam por 20% das vendas dos grandes varejistas online que adotaram este modelo. E a tendência é que essa fatia aumente já em 2016, como consequência da explosão do número de produtos e lojistas cadastrados nestes espaços.
O conceito de marketplace online não é tão novo no Brasil e tem como uma grande referência o Mercado Livre, que começou suas operações por aqui em 1999. Mas a onda de lançamentos dos marketplaces dos grandes varejistas online brasileiros, acostumados a atuar no modelo de e-commerce tradicional, vem alavancando o formato desde 2013. E ele é um sucesso, porque traz benefícios claros às três partes envolvidas: grandes varejistas, lojistas e compradores.
Enquanto os grandes e-commerces encontraram nos marketplaces próprios uma forma de ampliar e muito o número de produtos disponíveis sem ter que mantê-los em estoque – e com isso aumentar consequentemente seu faturamento e rentabilidade. Os lojistas, em sua maioria empresas de pequeno porte, podem contar com a força da marca e com toda a estrutura tecnológica do grande varejista online para alavancar vendas nacionalmente. Já o consumidor se beneficia por ter à sua disposição um número muito maior de produtos na internet e também melhores preços, como resultado da concorrência.
Mas como qualquer inovação, é claro que os marketplaces têm desafios a enfrentar e um deles é a segurança tanto para quem vende quanto para quem compra – esse que espera receber o produto adquirido em sua casa, em perfeito estado e dentro do prazo estipulado. Cientes disso, os grandes e-commerces estão investindo fortemente no desenvolvimento e melhoria de suas políticas de distribuição, atendimento e na avaliação dos lojistas que disponibilizam os produtos em seu ambiente.
Utilizados para conectar pequenos lojistas aos marketplaces dos grandes varejistas, os intermediadores, como o Olist, também ajudam a garantir mais segurança em todo o processo. Isso porque, para utilizar este tipo de ferramenta, que permite que o vendedor cadastre seus produtos em um grande marketplace em menos de 30 dias, o pequeno varejista tem que passar também pelo critério de avaliação da empresa.
No caso do Olist, além da checagem dos documentos da empresa vendedora (que garantem que se trata de um negócio lícito), são avaliados também sua cadeia de fornecimento e sua capacidade de comercializar produtos em grande escala, o que acontece naturalmente quando ele ingressa em um marketplace. Comprar de um vendedor que está conectado ao grande varejista por meio de ferramentas como o Olist é, portanto, uma segurança a mais para o comprador.
Para o marketplace também existem vantagens de se conectar ao Olist. A marca é garantia de qualidade de vendedores e uma única conta a ser gerenciada pelos e-commerces, o que facilita a comunicação e a condução dos procedimentos decorrentes dos pedidos.
Apesar dos desafios, não há dúvidas de que os marketplaces ganharão cada vez mais espaço no cenário do comércio eletrônico, e que serão fundamentais para que grandes e-commerces e pequenos lojistas cresçam e sejam mais lucrativos. O consumidor, por sua vez, também agradece.
Tiago Dalvi é CEO da Olist