Autor: Ricardo Fisch
Algo mudou. Ou tudo mudou? Os hábitos de comunicação e o uso da tecnologia da informação evoluem gradualmente, mas, muitas vezes, realizam saltos. Como aquele provocado pela internet e que agora potencializa as denominadas tecnologias digitais.
Um número crescente de pessoas utilizam telefones inteligentes e tablets com conteúdos multimídia. Sempre conectados em todo lugar e momento, interagem com aplicações disponíveis em nuvem, tanto para atividades profissionais quanto sociais.
Possuem acesso a grandes volumes de informação, estruturada e não estruturada, além de interagir nas redes sociais e empresariais ou interempresariais. Colaboram, contribuem, selecionam, criticam, avaliam, interagem e recebem informação em qualquer parte do mundo.
Essas significativas mudanças na experiência e posicionamento do usuário impactaram as organizações profundamente e seu efeito ainda repercutirá de forma transformadora por muitos anos. As companhias líderes e as mais inovadoras, incluindo os novos no mercado, tiram proveito desse cenário que modifica os processos empresariais e até o próprio modelo de negócio.
Segundo a Harvard Business Review, 77% das companhias veem oportunidades de criar diferenciais competitivos de maneira expressiva com estas novas tecnologias até 2015. Não fazer nada é uma opção que traz sérios riscos. De acordo com outro estudo da Gartner, as organizações que ignorarem o impacto combinado destas forças (mobilidade, redes sociais, cloud e big data) serão substituídas por aquelas que possam movimentar-se por esse espaço mais rapidamente visto a aceleração das mudanças.
Para aglutinar todas essas novas tecnologias que se transformam a cada segundo, o Grupo ASSA criou um modelo de Digital Business Transformation, DBT, proposta para ajudar seus clientes aumentar as oportunidades apresentadas hoje pela economia digital. O método combina disciplinas de transformação empresarial com soluções especializadas por área de atuação.
O DBT inclui Estratégia Digital: métodos de descobrimento interdisciplinar para criar e priorizar as oportunidades de transformação. Organiza a integração de novas tecnologias com os sistemas de operação, em Roadmaps de evolução digital. Alinha as iniciativas digitais com as estratégias nos negócios da organização.
Gestão da Transformação: combina o gerenciamento de processos, gestão das pessoas e administração de mudanças na organização. Inclui a gestão de valor, por meio de modelos quantitativos para planificar e capturar os benefícios econômicos e operacionais das iniciativas.
Tecnologias digitais e empresariais integradas: aplicações específicas por setores da economia, combinando modalidade, cloud, novas plataformas de intercâmbio eletrônico, redes sociais e big data; adaptação e integração dos sistemas empresariais para suportar os novos processos.
Aproveitar as oportunidades da Economia Digital também apresenta desafios:
– Alinhar essas iniciativas de acordo com a estratégia de negócios. Definir prioridades e sequências para maximizar o valor;
– Refazer os processos de negócios, adequando-os às novas possibilidades das tecnologias;
– Avaliar e administrar o impacto na organização e nas pessoas, suas funções e habilidades pessoais e de colaboração;
– Combinar e integrar as novas tecnologias digitais com os sistemas empresariais sobre os quais se apoia a operação;
– Adaptar os sistemas para afrontar os novos desafios e poder cumprir com as promessas e níveis de serviço requeridos neste novo ambiente;
– Administrar o valor criado, planificando, planejando e monitorando o impacto econômico destas iniciativas
Transformação digital segundo o mercado
As mudanças atingiram não apenas a experiência do usuário, mas também seu poder, sua posição em relação aos produtos, serviços, marcas e empresas. Sua experiência e opinião podem ser difundidas e compartilhadas com milhões de pessoas em segundos.
Apresentam-se elementos em comum, mas também cenários particulares em algumas áreas, que precisam de soluções especializadas. Como exemplo, cito algumas oportunidades de transformação digital em certos setores:
Varejo: incrementar vendas através de canais eletrônicos, combinando plataformas de e-commerce potencializadas com aplicações móveis para vendedores, equipes de marketing e usuários finais. Aproveitar tanto as redes sociais internas para a colaboração no desenvolvimento de produtos, campanhas e vendas, quanto externas, capturando tendências e opiniões dos consumidores.
Bens de Consumo: melhorar o controle das promoções e campanhas, por meio de aplicações especializadas em Cloud. Potencializar a colaboração e comunicação com seus distribuidores.
Serviços Financeiros: integrar a relação multicanal com clientes, aproximando-os das aplicações móveis, integrando o CRM em todas as operações. Colaborar nas redes entre filiais, facilitando o lançamento e suporte de novos produtos.
Saúde: incrementar a efetividade da força de vendas; melhorar a comunicação com as instituições de saúde, com o médico e com o paciente. Reformular funções essenciais para o prontuário médico eletrônico, rastreamento de medicamentos e dispositivos médicos.
Recursos Naturais: aumentar a utilização dos ativos, otimizando o uso de recursos estratégicos para especialistas em manutenção, por meio de aplicações móveis e de colaboração com os técnicos no campo.
Ricardo Fisch é vice-presidente do Grupo ASSA.
