Instituições de ensino, que oferecem os programas de MBA mais conceituados do País, se reúnem para criar a Associação Nacional de MBA (Anamba). A Associação ficará encarregada de avaliar os cursos oferecidos no Brasil.
A Anamba foi criada nos mesmos moldes da Association to Advance Collegiate School of Business (AACSB) – entidade internacional que integra mais de 400 escolas no mundo para avaliar e definir padrões de qualidade para MBAs (Master of Business Administration) focados em administração de empresas.
No Brasil, a Associação Nacional de MBA (Anamba) é formada inicialmente por instituições de ensino públicas e privadas, de vários estados, cujo objetivo é criar uma espécie de selo de qualidade para esses programas, de forma a atrair o maior número possível de instituições que queiram compartilhar critérios mínimos de qualidade para cursos com esta denominação. Estimativas apontam a existência de mais de seis mil cursos de MBA no País. Com tanta oferta, o profissional que busca no MBA qualificação e possibilidade de retorno financeiro acaba ficando sem critérios na hora de escolher a melhor instituição para estudar.
O mercado sabe diferenciar bons e maus cursos, mas o profissional que busca por conta própria nem sempre tem os conhecimentos adequados para fazer a escolha certa. Para ajudar nesse filtro, a nova instituição pretende criar critérios básicos de avaliação como carga horária mínima de 480 horas presenciais, qualificação dos professores, processo de seleção dos alunos, entre outras regras. A Anamba não pretende substituir os órgãos oficiais, mas atuar como mais uma fonte de informação para os profissionais.
Sem regulamentação – No Brasil, os cursos de MBA são considerados lato sensu (especialização) e não passam pela avaliação da Capes, como os programas de mestrado e doutorado. A única lei que regulamenta os cursos lato sensu (incluindo os MBAs) é a resolução nº 1, de 3 de abril de 2001, do Conselho Nacional de Educação, que define apenas três requisitos básicos: mínimo de 360 horas-aula, corpo docente com 50% de mestres e doutores e exigência de apresentação de monografia no final do curso.
O modelo brasileiro de MBA é uma adaptação do americano (Master in Business Administration), no qual o curso é considerado um mestrado não voltado para pesquisa, com características diferentes dos Master of Science (MSc) e Master of Arts (MA), equivalentes aos mestrados acadêmicos brasileiros, regulados pela Capes. A classificação de pós-graduação lato sensu, no Brasil, permite que o MBA brasileiro seja formatado nos moldes do americano, mas em contra-partida, facilita a abertura de falsos MBAs, que não cumprem o programa mínimo e nem oferecem formação ampla. É justamente essa situação que Anamba pretende modificar daqui para frente.
O Conselho Diretivo da Associação é composto pelo Prof. Dr. Luca Borroni Biancastelli (Secretário Executivo) e pelos conselheiros Prof. MSc. Irineu Gianesi e Prof. Dr. Paulo Zawislak.
Membros Fundadores
Cedepe (PE)
ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing
Escola de Direção de Empresas FISP
Fundação Instituto de Administração (FIA)
Ibmec São Paulo
Katz Graduate School of Business – University of Pittsburgh
Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul