Mais habituado à vida conectada, hoje, o consumidor tem acesso a uma realidade muito mais comunicativa. E essa comunicação é instantânea. Já não há mais barreiras para ele em trocar informações com outra pessoa. Sem contar que são bombardeados por um número cada vez maior de conteúdos, incluindo dados de marketing. Assim, em meio a uma vida saturada, como conseguir conquistar sua atenção? O especialista em vendas, Guilherme Machado, especialista em vendas, comenta que, mais do que nunca, é essencial tratá-lo com um atendimento mais humanizado. “Eles estão cansados de serem tratados como mais um número, como mais um em meio à massa. Eles têm a necessidade de se sentirem especiais, fundamentais no processo, protagonistas”, aponta.
Para criar esse protagonismo no relacionamento, o executivo alerta sobre a importância da personalização da comunicação. “Não vejo essa como uma necessidade de futuro, mas como uma urgência em nosso presente”, ressalta. Talvez, em nenhum outro momento, foi preciso ter ciência que, por detrás de cada venda, há uma pessoa envolvida, que possui expectativas a serem atingidas, necessidades para atender e desejos a alcançar. E as empresas devem cada vez mais se perguntar como seu produto ou serviço irá suprir tudo isso, qual transformação irá causar na vida do cliente. “Ele não compra o seu produto ou serviço, ele compra o problema que o seu produto ou serviço resolve na vida dele. E isso precisa estar bem claro na comunicação”, diz.
Por conta disso, a necessidade de um marketing mais humano é uma estratégia que vem crescendo nos planejamentos das marcas. Já que o foco está mudando: muito mais nas pessoas do que nas vendas em si. “Mais do que nunca, o conceito de B2B e B2C foi transformado em H2H. Isto é, seres humanos se relacionando continuamente. Os empreendedores que não entenderem isso estarão fadados à falência”, afirma o executivo. O H2H dito por ele, ou Human to Human, é exatamente essa atenção mais humana nos projetos. Na qual tudo passa a ter como ponto de partida o relacionamento e não mais a conversão que ele poderá trazer. Pois já não adianta mais a qualidade do produto ou serviço, se a base construída com o público não for sólida. “Neste sentido, é vital conhecer bem esse público, como ele se comporta, quais são os maiores problemas dos consumidores. E, sobretudo, como o produto ou serviço oferecido transforma a vida deles.”
Ser mais humano é também ter uma empatia maior, inclusive, aos problemas do cliente. Procurar estar mais atento ao contato estabelecido e às necessidades que surgirem por parte dele. Com uma postura mais proativa de também estar em busca de uma solução mais rápida. “O social e o marketing devem andar juntos. E quando falo em social é preciso ter mente que as experiências dos consumidores saíram de uma esfera particular para uma esfera pública”, afirma Machado. Ou seja, as experiências são compartilhadas, há uma maior interação entre as pessoas.
O especialista defende que essa deve ser, então, a nova filosofia presente nas empresas, mas que também deve existir nos profissionais. Esses não podem mais pensar no que será melhor para cada um. E, sim, as áreas preocupadas, em conjunto, em oferecer a melhor experiência ao público. “Trabalhar com um lado mais humanista nada mais do que falar a língua do cliente, aquilo que é relevante para ele, que o faça se sentir especial”, adiciona.