Aumenta tempo improdutivo dos funcionários



De acordo com os resultados do 8º Relatório Anual de Produtividade Proudfoot, as empresas brasileiras poderiam obter maiores ganhos em produtividade do que companhias de outros países, mas enfrentam vários entraves, como problemas de comunicação interna. Os gestores brasileiros acreditam que as empresas poderiam aumentar a produtividade em 17,7% nos próximos dois anos, 4 pontos acima da média global e o nível mais alto relatado na pesquisa, que incluiu 1272 executivos de 12 países (Austrália, Canadá, Brasil, Rússia, Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Alemanha, Índia, África do Sul e Espanha). Confirmando o otimismo dos executivos brasileiros, a pesquisa apontou que os gestores acreditam que suas empresas chegarão a atingir 85% destes ganhos potenciais de produtividade.

 

Este otimismo poderia, contudo, mascarar a realidade, pois os trabalhadores brasileiros se mostram menos produtivos do que nos últimos anos. Uma análise realizada pela Proudfoot revelou que o tempo que os trabalhadores brasileiros gastam com atividades improdutivas subiu para 39,8% da semana de trabalho em 2007, o que equivale a dois dias inteiros de improdutividade semanais. Esta é uma alta de 8 pontos em relação aos índices de 2006. Apesar do aumento do tempo improdutivo dos funcionários, 94% dos gestores brasileiros pesquisados avaliam que a produtividade de sua empresa está acima da média, os maiores índices de qualquer país listado na pesquisa.

 

Os gestores no Brasil e nas outras economias do BRIC se mostram mais otimistas sobre a capacidade das empresas obterem ganhos potenciais de produtividade do que os outros países em economias mais maduras. “Houve um aumento de produtividade significativo nas empresas em todo o mundo nos últimos anos,” afirmou Luiz Carvalho, CEO da Proudfoot, sediada em Atlanta. “Entretanto, o aspecto de maior destaque foi o desempenho de empresas nos mercados emergentes, inclusive o Brasil.”

 

“O Brasil está tendo uma oportunidade excepcional. Se as empresas brasileiras conseguirem atingir estes ganhos potenciais de produtividade, haverá oportunidades extraordinárias para elas no Brasil, na América Latina e no mercado global. O fator decisivo para ter acesso a estas oportunidades é solucionar e superar as barreiras críticas para o aumento da produtividade”, observou Carvalho.

 

Os gestores entrevistados em vários países citaram problemas com a mão-de-obra disponível e a falta de trabalhadores qualificados como o principal entrave a uma maior produtividade, seguidos por problemas de comunicação interna, barreiras legislativas e regulatórias, baixa moral dos funcionários, alta rotatividade de pessoal e qualidade dos supervisores. Por outro lado, os gestores brasileiros citaram os problemas de comunicação interna como sendo a principal barreira para obter maior produtividade no mercado. Esta barreira foi mencionada por 47% dos gestores brasileiros, quase o dobro da média global.

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