Os consumidores de baixa renda, com rendimentos até R$ 1.499, já possuem 60,7% dos cartões do país, ou 56,4 milhões de plásticos. No entanto, o gasto anual é de R$ 1.405, quase 70% menor ao daqueles com renda maior, acima de R$ 2.500, que gastam R$ 4.662 por ano, em média, e possuem 12,2% dos cartões. O público de renda intermediária fica com a fatia de 27,1%. Estes dados são do estudo exclusivo O cartão de crédito e suas Regionalidades, parte da pesquisa Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento, realizada mensalmente pela Itaucard.
O estudo mostra ainda que os portadores de cartões de crédito ou pessoas aptas a ter um já representam mais da metade da população brasileira. Para se ter uma idéia dessa dimensão, dos 187,2 milhões de brasileiros, 102,1 milhões, ou seja, 54,5% eram público-alvo da indústria de cartões – população urbana, com 18 anos ou mais e rendimentos pessoais superiores a R$ 150.
Ao comparar população e plásticos, o que se vê também é que o mercado brasileiro de cartões de crédito está distribuído de maneira muito semelhante à distribuição total da população no Brasil. No ano passado, as regiões Nordeste e Sudeste, as mais representativas tanto em termos de público-alvo como em população total, lideraram a indústria de cartões.
Ao final de 2007, o Sudeste reunia 42,6% da população total do Brasil e 50,0% do público-alvo da indústria de cartões, com 48,9 milhões de plásticos (52,7% do total) e um faturamento de R$ 103,5 bilhões (56,5% do total), demonstrando que em termos de plásticos e volume movimentado, a região detém mais da metade da indústria. O Nordeste é a segunda maior região. Em 2007, reunia 27,6% da população total do País, 21,3% da população alvo e 27,8% dos cartões do mercado (25,8 milhões), responsáveis por um faturamento de R$ 41,1 bilhões no período (22,4% do total).
A terceira maior região é a Sul. Nesta, em 2007, viviam 14,6% da população total e 14,8% da população alvo. O Sul também é o terceiro no ranking da indústria de cartões. No ano passado, detinha 8,1% dos cartões (7,6 milhões) e representou 8% do faturamento nacional com R$ 14,6 bilhões. As demais regiões, Norte e Centro-Oeste, se revezam no ranking de acordo com o que se observa.
“O fato é que todas as regiões estão crescendo, o que contribuiu para o mercado de cartões encerrar o ano de 2007 com R$ 183,3 bilhões e 92,9 milhões de plásticos. Porém, observamos que grandes centros urbanos, no Sudeste do país, crescem em ritmo menos acelerado, dando espaço para o mercado de cartões se expandir em direção à periferia de grandes cidades e ao interior do País, levando as regiões menos exploradas a crescerem vigorosamente”, diz Fernando Chacon, diretor de marketing de Cartões do Itaú.