Na ordem de classificação das 500 marcas de bancos mais valiosas do mundo, duas instituições brasileiras aparecem entre as 25 maiores. O Bradesco, na 20ª posição e com US$ 10,600 bilhões em valor de marca, é o banco que lidera na América Latina. O Itaú aparece depois na 23ª posição, com US$ 9,904 bilhões. Já o Banco do Brasil surge na 35ª posição, com US$ 6,972 bilhões. Os dados são do estudo “Global Banking 500”, edição 2014, realizado pela Brand Finance, empresa de avaliação e gestão de marcas, em parceria com a revista inglesa The Banker.
De acordo com o CEO da Brand Finance para a América Latina, Gilson Nunes, a preocupação do Bradesco em aumentar os indicadores de eficiência, o controle da inadimplência e a qualidade da carteira de crédito, foram os fatores que contribuíram para a manutenção da liderança na América Latina. “O Bradesco demonstrou em 2013 uma notável gestão no controle dos custos e da inadimplência, associado à seletividade que vem garantindo a expansão da carteira de crédito”, afirma. Sobre a presença do Itaú na lista das 25 marcas mais valiosas, o executivo credita “ao empenho do banco para se posicionar como marca financeira internacional, e por ter adotado, também, maior rigor na concessão de financiamentos”.
Além de Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, os outros brasileiros na lista das 500 marcas de bancos mais valiosas do mundo são: Caixa (49ª colocação, US$ 4,759 bilhões); Safra (314ª, US$ 320 milhões); Banrisul (323ª, US$ 309 milhões); Banco do Nordeste (335ª, US$ 288 milhões); BRB (454ª, US$ 173 milhões); BRB (454ª, US$ 173 milhões) e Banco Panamericano (481ª, US$ 159 milhões).
Com apenas nove bancos, o menor número entre os 10 primeiros países avaliados, o Brasil somou um total de US$ 33,483 bilhões em valor de marca, o que o coloca em oitava posição no ranking dos 10 países com os bancos mais valiosos. Nos extremos desta classificação estão em primeiro lugar os EUA, com 56 bancos e total de US$ 193,633 bilhões em valor de marca; e em décima posição a Austrália, com 17 bancos e valor de US$ 29,812 bilhões.
Nunes ressalta que a depreciação do real impactou de forma isolada o estudo das marcas brasileiras, que em outro cenário cambial poderiam estar em melhores posições. “Ainda assim, o resultado pode ser considerado excepcional em termos de demonstração de solidez e de força das marcas no contexto internacional”. Sobre projeções para o ranking de 2015, Nunes acredita que o Brasil tem chances de subir de posições. “As estratégias que os bancos vêm aplicando para contornar problemas de inadimplência e superar entraves da economia já surtiram efeitos nos últimos balanços e mostraram sinais de retomada do crescimento.”