Prevista pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e regulamentada pelo Banco Central, a acessibilidade de portadores de deficiência aos bancos vem sendo cada vez mais assumida por essas instituições, que perceberam a importância desse público. Isso porque segundo o IBGE, cerca de 25 milhões de cidadãos são portadores de necessidades especiais, sendo que 48% desse universo possui algum tipo de deficiência visual. Alinhados a este contexto, os bancos Bradesco e Real estão implantando nos postos de auto-atendimento a solução Texto Fala, do CPqD – centro de pesquisa e desenvolvimento em telecomunicações -, para síntese de voz.
Com o objetivo de facilitar o acesso aos caixas eletrônicos por clientes com dificuldades de leitura, sejam eles portadores de deficiência visual ou não alfabetizados, o software é capaz de converter em fala qualquer texto escrito em português, em tempo real e em quantidade de mensagens ilimitadas. Para isso, basta o cliente conectar ao terminal um fone de ouvido, disponibilizado pelo banco. No mesmo instante, a tela é apagada e todas as informações que seriam solicitadas pelo sistema em forma de texto, serão transmistidas por voz pelo fone. De acordo com Élcio Polezer, gerente de mercado corporativo do CPqD, a função de apagar a tela é uma ação de segurança do software. “Isso garante que a confidencialidade das informações seja preservada”, comenta.
A interação do cliente com a máquina é feita por meio do teclado do terminal. “Após acionado o sistema, as instruções são dadas passo a passo e o cliente recebe uma resposta a cada comando ativado, para que ele se certifique de ter feito a operação de forma correta”, explica o executivo.