Iniciativas de big data estão entregando os primeiros resultados positivos para as empresas que lançaram projetos, mostrando o potencial por vir. É o que mostra pesquisa da CompTIA, a associação da indústria de TI. Das empresas que lançaram algum tipo de iniciativa de big data, 72% dizem que seus resultados superaram as expectativas, de acordo com o relatório Big Data Insights and Opportunities.
Porém, enquanto retornos antecipados podem ser encorajadores, o estudo também revela que muito trabalho precisa ainda ser feito para aproveitar o uso dos dados.
“A quantidade de dados que cruzam os fios e as ondas de rádio é imensurável”, diz Seth Robinson, diretor sênior de análise de tecnologia da CompTIA. “Mas, enquanto que peças individuais de uma solução de dados holística podem ser melhoradas, ainda não estão integradas de um modo que impulsione aos resultados ideais.”
Cerca de três quartos das organizações pesquisadas pela CompTIA citam que o seu negócio seria mais forte se pudessem aproveitar todos os seus dados. Além disso, 75% das empresas sentem que deveriam ser mais conscientes com a privacidade dos dados, enquanto que 73% acham que precisam de uma melhor análise em tempo real.
As empresas ainda citaram fatores para o aumento da importância dos dados: 63% dependem dos dados para as operações do dia-a-dia; 61% citaram a sensibilidade em torno da privacidade de dados; 60% usam os dados para entender melhor os clientes; 59% dependem de dados para medir os objetivos de negócios; 56% dizem que armazenam dados fora da empresa.
“Isso reflete um tema consistente em grande parte da nossa pesquisa”, comenta Robinson. “A tecnologia é uma ferramenta muito poderosa para todas as áreas das organizações e linhas de negócios, que pesam sobre as questões de como usar essa ferramenta para conduzir aos seus objetivos”. As empresas ainda encaram o crescimento do volume de todos os tipos de dados, liderados pelos dados dos clientes, e-mail e mensagens instantâneas, arquivos de log e documentos. Elas também estão lidando com dados fragmentados e silos: 45% das empresas dizem que um alto grau de seus dados é fragmentado; outros 42% dizem que a fragmentação dos dados é moderada.
Para organizações que procuram passar do uso básico dos dados para um mais avançado, o executivo aconselha a terem atenção em cada um dos três estágios de uso dos dados: coleta e armazenamento; processamento e organização; análise e visualização. Assim, as empresas estarão mais bem preparadas para avaliar novas opções de tecnologia de dados, avaliar potenciais parceiros para iniciativas de dados e se posicionar para perceber melhor o potencial do big data. Tal como acontece com a maioria das novas empresas de tecnologia, não ter as habilidades certas pode ser um grande obstáculo. Com big data não é exceção. Cerca da metade das empresas pesquisadas dizem que têm atualmente o nível apropriado de habilidade para big data, enquanto a outra metade vê lacunas de competências em áreas como a análise em tempo real, bases de dados relacionais e segurança de dados.
As organizações também expressam a disposição de trabalhar com terceiros para obter ajuda em suas iniciativas de dados. Mais de um terço dos pesquisados trabalha, atualmente, com uma empresa de TI para as suas necessidades de dados. No entanto, esses compromissos tendem a ser um pouco simplista (armazenamento de dados e backup de dados, por exemplo). Mas com as organizações se tornando mais agressivas em suas iniciativas de dados, empresas de TI podem encontrar oportunidades para oferecer serviços completos, de ponta a ponta, em torno dos dados.