Estudo encomendado pela Pagaleve divulga tamanho do mercado de BNPL, tendências do Pix Parcelado, entre outros dados do setor
O parcelamento sem juros via cartão sofre instabilidade e tem afetado diversos agentes. De um lado, os lojistas têm sido impactados pelo alto custo da antecipação das parcelas – prática comum e essencial para a operação de gestão de caixa da grande maioria dos lojistas – e do outro, os bancos têm sofrido com o custo crescente da inadimplência. A informação consta do estudo encomendado pela Pagaleve, fintech que oferece o meio de pagamento do Pix Parcelado, uma modalidade do setor de BNPL, e realizado pela consultoria GMattos.
Neste estudo proprietário, estima-se que o tamanho potencial de mercado de BNPL é de aproximadamente R$ 205 bilhões anuais, sendo R$ 101 bilhões em estimativas baseadas nos volumes de venda via crediário próprio diretamente por lojas ou em parceria com financeiras e R$ 104 bilhões em estimativas do volume de transações na modalidade parcelada, negadas via cartão de crédito. Ou seja, o potencial desse setor é imenso.
“O ambiente não favorável dos cartões de crédito, com taxas de juros em patamar elevado e custos com fraudes incomoda os lojistas, que absorvem o risco de fraude da operação sem a devida compensação. Este é um diferencial na oferta BNPL via Pix Parcelado por fintechs, que se responsabilizam pelo risco de inadimplência e possíveis fraudes do consumidor, além de aumentar significativamente o volume vendido”, comentou Henrique Weaver, CEO e cofundador da Pagaleve.
Fraude com cartão
Adicionalmente, o estudo divulgou que o custo de gestão de fraude médio de um lojista representa aproximadamente 1,9% da receita do lojista. Dentro desse percentual estão incluídos custos com chargeback e com custos de prevenção (p.ex., ferramentas anti-fraude). “Esse é um custo praticamente escondido, mas que ao mesmo tempo pesa muito para os lojistas na operação com cartões. Considerar isso é, para muitos varejistas, a chave para decidir pelo Pix Parcelado”, comenta Weaver.
O levantamento também entrou no detalhe da aceitação dos diferentes meios de pagamentos nas lojas online brasileiras (e-commerces). No monitoramento nota-se que as formas de BNPL, incluindo o Pix Parcelado, tiveram o maior crescimento entre todos os meios de pagamento analisados, saindo de 27,1% de aceitação em janeiro/23 para 39% em janeiro/24.
O Pix Parcelado, uma das modalidades de BNPL, oferece uma forma de inclusão para a parcela dos consumidores que não são plenamente atendidos pelo cartão de crédito – contribuindo assim com a expansão da oferta. Segundo Thrasyvoulos Tomarás, diretor financeiro do Grupo Aste, responsável por marcas como Reebok, Diesel e The North Face, “o Pix Parcelado trouxe, para nós, um incremento de vendas bastante relevante tanto na expansão de público que não comprava conosco quanto no ticket médio das compras. Tem sido uma forma de pagamento bastante relevante para as marcas do grupo “.