O Brasil aumentou sua nota em 1,1 ponto em 2012 e passou da 38ª posição para a 37ª colocação no Índice Fiesp de Competitividade das Nações. O país continua, no entanto, no quadrante de competividade baixa, junto com México, Tailândia, Colômbia, Índia e outros países. O indicador, elaborado anualmente pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia, Decomtec, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, identifica os principais avanços e restrições ao crescimento da competitividade brasileira.
“O Brasil melhorou uma posição e isso é bom, mas numa relação de 43 países, ficar na 37ª posição é um problema muito grande porque mesmo com as melhorias que tivemos ainda há países que estão evoluindo numa velocidade maior que a nossa”, afirmou José Ricardo Roriz Coelho, diretor titular do Decomtec.
Líderes do ranking, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar do quadrante de competitividade elevada, com 90,7 pontos, seguidos pela Suíça, com 76,3 pontos, Coreia do Sul, com 74,9 pontos. Também se destaca, no mesmo quadrante, Cingapura, Holanda e Hong Kong, com 71,5, 71,3 e 69,6 pontos respectivamente.
Com nível de competitividade satisfatória, a Alemanha figura com 66,2 pontos no ranking da Fiesp. Israel é o segundo país com competividade satisfatória com nota 64,1, enquanto o Canadá é o terceiro país do quadrante, com 62,3 pontos.
Este ano, o Decomtec comparou a competividade brasileira com um grupo de países responsáveis por 76% da pauta de importações brasileira de bens industrializados. Fazem parte desse time China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Coreia do Sul, Japão, Itália, México, França, Índia, Reino Unido, Espanha, Chile, Suíça e Canadá. “É importante avaliarmos o que está acontecendo com esses países porque são eles que exportam produtos aqui para o Brasil”, completou Roriz.
A Coreia do Sul, origem de 4,7% das importações brasileiras em 2012, subiu 11 posições no ranking de competitividade entre 2000 2012, enquanto o Brasil avançou apenas três colocações durante o mesmo período. Responsável por 17,3% das importações do Brasil, a China avançou oito posições no ranking em 12 anos.
Tanto a China quanto a Coreia do Sul priorizaram investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e estimularam o aumento de patentes entre 2000 e 2012, segundo estudo da Fiesp. A Coreia do Sul elevou a produtividade da indústria, aumentou gastos em educação e em saúde do setor público, enquanto a China elevou investimentos, poupança e exportações de alta tecnologia.