A participação de investidoras na base de clientes da Brasilprev Seguros e Previdência saltou três pontos percentuais em cinco anos, passando de 43%, em 2006, para 46%, em 2011, de acordo com levantamento realizado pela empresa com mais de 1,1 milhão de clientes, dos quais 500 mil são mulheres. A pesquisa apontou ainda que o tíquete médio delas era de R$ 155, há cinco anos, e saltou para R$ 240, no ano passado. Já entre os homens foram respectivamente R$ 188 e R$ 276. “A questão é que o tíquete entre as investidoras em 2006 era 21% menor que o deles; em 2011, essa distância foi reduzida, caindo para 15%. Ou seja, elas tiveram um crescimento da quantia investida maior que eles”, observa Sandro Bonfim, gerente de inteligência de mercado da Brasilprev.
O estudo também mostrou que o percentual de resgate sobre as reservas entre elas foi de 7% em comparação aos 9,8% dos homens. Elas investem mais pelo modelo da Tabela Regressiva do Imposto de Renda (53,7%, face aos 51,7% dos homens), o que demonstra a intenção de manter os recursos investidos por um longo período, e preferem o VGBL (64,2%% versus 61,4% deles). Além disso, 61,5% das entrevistadas são solteiras e 39% possuem o plano ´Brasilprev Júnior´ (para pessoas de 0 e 21 anos de idade), o que denota uma preocupação com os projetos para os filhos.
“Nos últimos anos, temos detectado importantes mudanças no que diz respeito ao papel das mulheres na sociedade brasileira. Um é o fato de elas assumirem cada vez mais a função de chefe de família nos lares brasileiros. Outra, de ocuparem de forma crescente posições-chave nas empresas, o que acaba por repercutir gradativa e consequentemente no crescimento de renda e poder aquisitivo delas. Tais fatos refletem na preocupação delas com a previdência privada, como aponta nosso estudo”, comenta o executivo.