Cadê meu celular?



Cada vez mais, um aparelhinho vem mudando a vida das pessoas. É o que mostra o estudo Mobilidade Brasil 2008. De acordo com a pesquisa, 18% dos brasileiros se dizem viciados em celulares. As mulheres (21%) e os jovens com idade entre 16 e 24 anos (23%) são os mais viciados nos aparelhos. Como se não bastasse, 5% dos respondentes utilizam mais de uma linha regularmente. Na classe AB, este número sobe para 17%.

 

A pesquisa ainda detectou que existem pessoas que não conseguem separar-se do celular nem por um segundo. Para a maioria das pessoas, um tempo suportável sem o aparelho é de, no máximo, um dia. Um em cada cinco brasileiros se sente abandonado quando não recebem nenhuma ligação ou mensagem durante o dia. Especialmente entre as mulheres (29% contra 15% dos homens) e principalmente os jovens. Mais da metade dos respondentes usuários de telefone celular no Brasil realiza em média duas a cinco ligações do celular diariamente, sendo a maior concentração (20%) na faixa das três chamadas diárias.

 

Para Luís Minoru, diretor da área de Public Affairs da Ipsos, o impacto da telefonia móvel no comportamento do brasileiro já tem sido grande e deve aumentar ainda mais, não só pelo aumento da penetração, mas pelo aumento do uso do telefone móvel. “Mais do que um instrumento para chamadas telefônicas, o telefone está sendo cada vez mais utilizado para troca de mensagens, como tocador de músicas e para enviar e receber outras mídias criando um leque de novas oportunidades de negócios gigantesco”, explica.

 

Etiqueta – A atitude menos aceita pelos entrevistados é falar ao celular enquanto dirige, mesmo que as duas mãos estejam livres. Em segundo lugar está falar ao celular por muito tempo durante uma viagem de avião. Em seguida, está atravessar a rua enquanto falando ao celular, e, por último, falar ao celular por muito tempo durante uma viagem de ônibus. Em todos os casos, a aceitação destes comportamentos é maior entre os mais jovens, e reduz de acordo com a faixa etária do entrevistado, revelando que os mais jovens se incomodam menos e se adaptam melhor a essas atitudes.

 

O estudo mostra também que, para muitas pessoas, o celular tornou-se uma ferramenta para fugir de situações “incômodas” em nosso dia-a-dia. Aproximadamente 23% dos brasileiros, por exemplo, já começaram a usar o celular, ou fingiram estar usando o aparelho, para evitar a aproximação de alguém. Este número é maior entre as mulheres (27%) e entre os mais jovens (30%, com idade entre 16 e 24 anos).

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