Care Plus cria área dedicada à governança em IA

Operadora alia investimento em inovação e prática ESG em movimento para acompanhar evolução do uso de inteligência artificial no setor da saúde

O Grupo Care Plus anunciou a criação da área de privacidade & governança em IA, justificando a iniciativa pelo crescimento do uso de inteligência artificial para diagnóstico, pesquisas clínicas e outras funções que necessitam de informações precisas na saúde. “Queremos avaliar os riscos atrelados ao uso de inteligência artificial para geração de dados e estabelecer processos que garantam a segurança, a ética e a privacidade de nossos beneficiários e colaboradores”, explicou Roberto Miller, gerente-executivo jurídico e encarregado de dados da Care Plus.

De acordo com o executivo, “a criação da área ocorre em antecipação ao cenário da IA na saúde no Brasil e em linha com a aprovação da regulamentação europeia recentemente. Como parte da Bupa desde 2016, a Care Plus segue as diretrizes do grupo britânico e atua em conformidade com o alto nível de governança exigido pela matriz à qual se reporta. Estamos estruturando a área desde o ano passado e analisamos, atualmente, nove tipos de inteligências artificiais no dia a dia da operadora. As ferramentas sob o olhar da área atendem às demandas que vão desde a regulação de sinistro e combate às fraudes, até o diagnóstico nas unidades clínicas do Grupo Care Plus”.

A área, composta por profissionais de setores estratégicos, como advogados e de segurança da informação, que se dedicam a analisar os projetos desde a concepção (IA by design), garantindo as melhores práticas. Nele, cada ferramenta é avaliada a partir de um cronograma independente, com análises de acordo com a demanda. “Não avaliamos a tecnologia em si, mas a etapa anterior, de estabelecimento e aprovação de regras para a sua utilização adequada”, explicou Miller.

O gerente afirma que uma das preocupações da Care Plus é que a IA na saúde seja considerada de risco e crie controles excessivamente mais rígidos para o setor. “É preciso considerarmos a função social dessas ferramentas na saúde e discuti-las com responsabilidade para evitar que determinados mecanismos configurem em barreira à inovação e, consequentemente, ao acesso à saúde”.

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