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Fabio Zveibil, VP do ecossistema Auto da Creditas

Carro: paixão e solução para o brasileiro

O veículo próprio atualmente é encarado também como apoio financeiro em momentos de necessidade 

Autor: Fabio Zveibil

A paixão por carros é um traço característico do brasileiro. Para entendê-la melhor, primeiramente, precisamos considerar que se trata de um bem relativamente popular. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério da Infraestrutura, atualmente, existem cerca de 70 milhões de veículos no Brasil, ou seja, mais de um em cada três brasileiros possui um automóvel.

No entanto, não se trata de um bem acessível. Apesar do recente programa lançado pelo Governo Federal para reduzir impostos com o objetivo de diminuir o valor final dos carros novos, os preços seguem elevados: um modelo popular custa facilmente R$ 70 mil. Em paralelo, questões como IPVA, seguro e o preço do combustível, que também vêm registrando altas nos últimos anos, explicitam o tamanho do investimento necessário para se ter um veículo.

Por mais que o brasileiro tenha sentido a diferença nos valores, tudo indica que os sentimentos de posse e afeto ainda prevalecem, só que agora a busca vai além das concessionárias e se concentra cada vez mais no mercado de seminovos. Um estudo divulgado pela FGV mostra que, em 2022, a venda de carros usados foi cinco vezes maior que a de carros novos, em função de fatores como os altos valores dos modelos 0km e a alta do dólar.

Prova da importância que o brasileiro atribui ao carro é o fato do seguro auto responder pela maioria das apólices contratadas no País (30%, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais), deixando os seguros de vida (17%, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), residencial (14%, segundo a Superintendência de Seguros Privados) e de saúde (2%, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar), para trás.

A posse de um veículo próprio para a locomoção garante segurança, conforto e praticidade, mas atualmente também é possível usar esse bem como apoio financeiro em momentos cruciais da vida, revertendo a visão de que um automóvel gera apenas gastos.

O auto equity, ou crédito com garantia de automóvel, por exemplo, registra a cada ano um forte crescimento. Por meio dele, temos a possibilidade de acessar um crédito mais saudável, com taxas de juros mais baixas e com maiores prazos para pagar, além de parcelas consideravelmente menores que outras categorias de empréstimos.

Embora ainda seja uma modalidade de crédito menos utilizada do que outras opções, como cartão de crédito, que inclusive apresenta taxas muito mais altas, o auto equity pode ser uma ótima alternativa para quem procura quitar ou renegociar dívidas. Além disso, permite ao dono do automóvel realizar outros tipos de investimentos, como abrir o próprio negócio, estudar ou fazer uma viagem. Segundo levantamento da Creditas, em São Paulo, os principais motivos para o uso desse produto, durante 2023, são para pagamento de dívidas (27,6%), investimento no negócio (15,8%) e reformas (11,6%). Dados também indicam que mais de 30% das pessoas chegam a contratar um novo empréstimo de auto equity após 12 meses da primeira tomada de crédito.

O automóvel precisa ser visto além de um objeto de status e paixão nacional, é necessário evoluir a relação com o bem, fazendo com que seja uma base importante para a saúde financeira das pessoas. Esse novo olhar abre caminhos interessantes que precisam ser mais explorados pelos brasileiros.

Fabio Zveibil é VP do ecossistema Auto da Creditas.

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