Cartões e celulares lideram pagamentos

Desde o ano passado, o dinheiro não é mais a forma preferida dos brasileiros para fazer compras e pagar as contas. Assim como os cheques, ele também foi superado pelos meios eletrônicos de pagamento (MEP). É o que revela um estudo feito pela Boanerges & Cia. O trabalho demonstra que, em 2013, os meios eletrônicos de pagamento movimentaram cerca de R$ 1,1 trilhão, em sua maioria cartões, de crédito, débito, loja, rede e pré-pagos, além de celulares. Este montante representa 37% do total dos gastos feitos pelas famílias brasileiras, que alcançou o valor de R$ 3 trilhões no ano passado, segundo o IBGE. Os cartões e celulares, pela primeira vez na história, foram mais usados do que o dinheiro, que registrou 36% do volume total.
Em 2018, é esperado que os meios eletrônicos sejam responsáveis por 50% de todas as compras dos brasileiros e, em 2023, os cartões serão responsáveis por 60% do total, reservando apenas 17% para as notas e moedas. “O uso dos telefones celulares como instrumento de pagamento deve acelerar a chegada dos sistemas eletrônicos em mercados ainda dominados pelo dinheiro”, afirma Boanerges Ramos Freire, presidente da Boanerges & Cia.
“A avaliação da liderança distanciada do dinheiro se baseia em conceitos diferentes dos utilizados pelos principais órgãos que estudam o assunto nos EUA e na Europa. Consultorias como a The Nilson Report, a mais importante e respeitada fonte de notícias e análises das indústrias de cartões e pagamento móvel global, utilizam corretamente um critério que considera que uma parte do consumo das famílias é feito através de meios ‘não monetários'”, ressalta o presidente. Estes gastos se referem a iniciativas que não passam por uma relação comercial, como o plantio, pesca e caça para consumo próprio, fornecimento de cesta básica de empresas para funcionários e programas de governo que proveem bens (remédios, alimentos, etc) às pessoas, entre outras. “Em 2013, estes gastos não monetários foram responsáveis por 15% do consumo das famílias no Brasil, segundo estimativas a partir de dados do IBGE. Até o momento este percentual era considerado como gastos feitos com dinheiro. Desta forma, este percentual era somado aos 36% que efetivamente correspondem ao uso de moedas e notas. Por isso, os 51% de dinheiro eram considerados distantes para os meios eletrônicos.”

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