Para uma propaganda ser boa, além de demonstrar a utilidade do produto – sanando uma necessidade -, ela deve fazer com que o público atingido se identifique com quem passa a mensagem. Quem não se lembra de Carlos Moreno e Sebastian que se consagraram como garotos propaganda da BomBril e C&A, respectivamente? Porém, leva tempo para que as pessoas sintam empatia por esses personagens. Assim, a solução muitas vezes encontrada é investir em atores, músicos e atletas que fazem parte do cotidiano do público. Apesar de isso existir já há algum tempo, agora surgiu uma nova forma de fazer uso dessas “personalidades” na era das redes sociais: a ativação digital. “Sob o ponto de vista do consumidor, quando este é seguidor nas redes sociais de uma celebridade, significa que ele se interessa em saber onde ela foi, qual a loja em que comprou, seu restaurante preferido, que ela está fazendo, qual suas opiniões e o que está consumindo. Enfim, os influenciadores são fonte de informação para o consumidor, que se possível, quer seguir seus passos e eventualmente fazer, consumir e frequentar o mesmo que o seu ídolo”, explica Celso Forster, sócio diretor da BR Media Group.
Ele explica que as redes sociais das celebridades se tornaram uma mídia com excelentes níveis de cobertura devido às grandes bases que possuem e que apresentam um crescimento contínuo. Desta forma, o cliente – no caso, agências e marcas – também tem muito a ganhar com este tipo de publicidade, desde que observando alguns fatores. “É importante lembrar que cada ação tem um objetivo distinto, portanto as métricas de resultados e benefícios alcançados são variáveis e o sucesso da ação pode e deve ser medido por diferentes métodos. Isso também varia se o resultado é orgânico ou se a publicação foi impulsionada por meio de mídia nas plataformas Twitter ou Facebook, por exemplo. O mais importante é saber exatamente o que mensurar, definindo sempre os KPI’s antes de iniciar a campanha”, elucida Forster.
Prova de que o método funciona é o valor de cada tuite. A apresentadora Sabrina Sato, por exemplo, embolsa, em média, R$ 15.000,00 por postagem publicitária. O sócio diretor também apresenta alguns números da sua empresa que corroboram o sucesso do método: 90 milhões de interações no Facebook; 62 milhões de tuítes e 14 milhões entre curtidas, comentários e regrams no Instagram.
IDENTIFICAÇÃO
Esse novo tipo de mídia remete a idéia de que a empresa deve levar sua multicanalidade a outro patamar, indo além do serviço de atendimento ao cliente e experiência de compra. Isso explica o número de crescente de empresas buscando esse serviço. “O endosso de celebridades aumenta o recall da mensagem, os níveis de atenção e até a intenção de compra”, comenta Celso Ribeiro, diretor de negócios da BR Media Group. Ou seja, o estreitamente das marcas nas redes sociais é benéfico às empresas da mesma forma como é colocar celebridades nas campanhas de publicidade, uma vez que conquista mais atenção e cria maior identificação entre marca e consumidor. “A importância destas ações é aumentar a atenção e o interesse do público, seu desejo em conhecer o que está sendo apresentado, chegando até ao aumento da intenção de compra.”