A Cetelem Brasil anunciou a publicação do primeiro Observador no país. O estudo, desenvolvido em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos, tem como objetivo mapear o mercado local e entender profundamente os hábitos de consumo dos brasileiros. Além disso, por ser publicada em outros países, como França, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha e Bélgica, a pesquisa permite uma avaliação global, comparando os diversos mercados. “Trazer o Observador como ferramenta para conhecer ainda mais profundamente o perfil do consumo no país nos ajuda a desenvolver soluções de crédito ainda mais customizadas para nossos clientes”, afirma Franck Vignard-Rosez, diretor executivo de desenvolvimento e marketing da Cetelem Brasil.
O Observador Brasil é composto por dois blocos principais de dados. Na primeira parte, denominada Mercado, traz entrevistas com executivos de destaque do setor varejista, além de análises de diversos setores da economia, com informações sobre faturamento; expectativa de crescimento e comparativo com anos anteriores; e detalhamentos de cada segmento, como participação de mercados, principais players, etc. Estão inclusas informações sobre o setor moveleiro, eletroeletrônicos, micro-informática, automóveis, supermercado, confecções e crédito ao consumo. Os segmentos estudados incluem as principais fontes de consumo de bens pelas famílias e são os mesmos em todo mundo, o que permite uma visão global do mercado. Para a elaboração do material foram utilizados dados fornecidos pelas instituições representantes dos respectivos setores pesquisados.
A segunda parte do Observador Brasil, batizada Barômetro, destrincha o perfil do consumidor brasileiro, por classe social, idade e região. Além de fornecer um amplo mapa dos hábitos de consumo, o estudo Cetelem-Ipsos ainda procura desafiar alguns mitos arraigados na cultura do país, como, por exemplo, se o Brasil é realmente uma Belíndia, ou se somos mais otimistas, quando o assunto é futuro, que habitantes de outros países. Ou ainda compreender o tamanho do bolso de cada consumidor.
“O Observador nos proporcionou a experiência de perceber nuances de cenários que eram dados como certos, mas que, na verdade, não correspondem à realidade”, exemplifica Vignard-Rosez. “É caso, por exemplo, da metáfora Belíndia, cunhada na década de 70, mas que não se sustenta nos dias de hoje.” O executivo faz referência aos dados que comprovam que o Brasil se compõe de diversos universos, mas não é polarizado em dois grandes grupos que representariam a Bélgica e a Índia nem sob o aspecto de classes sociais, pois essa comparação não considera a classe C, tanto quanto sob a ótica da divisão por regiões.
Outro mito que cai por terra com o Observador Brasil é o otimismo do brasileiro em relação ao futuro. A pesquisa conclui que, se comparado a outros 12 países europeus, a realidade é diferente. De uma forma geral, pode-se dizer que, em média, a percepção do brasileiro a respeito do futuro é a mesma que nos outros locais quando perguntado sobre a nota que cada cidadão daria a seu país. Entretanto, se a pergunta focar questões como poder de compra nos próximos meses, sentimento em relação ao futuro, o brasileiro tem a tendência a ser mais negativo que o europeu.