Autora: Maria Regina Botter
Tem se falado bastante sobre como aceitar pagamentos eletrônicos pode aumentar as vendas, além de oferecer mais comodidade aos clientes, mas hoje, quero escrever também sobre como as empresas pagam as despesas. Não é raro você encontrar, principalmente nas empresas de menor porte, situações nas quais as contas são pagas de forma desorganizada, seja com dinheiro em espécie, cartões de pessoas físicas ou outras formas. Meu objetivo aqui é mostrar que isso pode afetar tanto na eficiência operacional da empresa quanto no seu faturamento.
Segundo a recente pesquisa encomendada pela Visa, “Cidades sem dinheiro em espécie: Compreendendo os benefícios dos pagamentos digitais”, o dinheiro em espécie expõe estabelecimentos comerciais e empresas a uma série de custos diretos e indiretos. Talvez, por serem processos antigos e cotidianos em muitas organizações, fica difícil enxergar isso. Mas para se ter uma ideia, em São Paulo, as empresas gastam em média 3% de sua receita por mês com o recebimento de pagamentos não digitais.
Tempo é dinheiro, certo? Logo o manuseio, a contagem e o processamento do dinheiro em espécie custam caro. Segundo esse estudo da Visa, as empresas gastam em média 68 horas por semana com a administração de dinheiro em espécie. A pesquisa observou também que as empresas que utilizam uma abordagem mais automatizada podem processar três vezes mais faturas por funcionário do que as que utilizam pouca ou nenhuma automatização. O aumento da utilização de tecnologias digitais pode gerar, em média, economia de duas horas e meia por funcionário. Já fez a conta do quanto vale a hora do seu empregado e o impacto que isso geraria?
Outro ponto de destaque da pesquisa está relacionado com a segurança. As companhias perdem o equivalente a 4% das receitas devido a roubos, ao dinheiro falso e à falta de fundos na caixa registradora. Apesar de serem menores em cidades de mercados desenvolvidos, como Chicago (1%) e Tóquio (2%), esses valores podem ser significativamente elevados em cidades de mercados emergentes, como São Paulo (9% cada).
Por isso, é muito importante priorizar o uso do cartão em detrimento do dinheiro em espécie, mas não qualquer cartão. Existem plásticos desenvolvidos especificamente para o mundo corporativo que oferecem benefícios direcionados às necessidades do seu negócio. Ao centralizar os pagamentos em um cartão empresarial, por exemplo, é possível simplificar seu fluxo de caixa e organizar suas finanças, além de ter acesso a descontos, milhas e promoções que efetivamente podem auxiliar a empresa e não necessariamente a uma pessoa.
De acordo com análise da Visa Consulting & Analytics, que estudou recentemente o comportamento de consumo de certo grupo de cartões empresariais no Brasil, os ramos mais presentes nas faturas dos cartões das empresas brasileiras são: companhia aéreas, alimentação, automotivo, restaurantes e hospedagem.
Atentas a essas tendências, os emissores oferecem benefícios cada vez mais customizados, que priorizem campanhas no comércio eletrônico e nos mais diversos ramos de atividades. Então, para ganhar eficiência operacional, economizar tempo dos funcionários e, consequentemente reverter as compras em descontos e promoções para a empresa, a dica é simples: concentrem os pagamentos da companhia no seu cartão empresarial.
Maria Regina Botter é diretora executiva de produtos da Visa no Brasil.