Sob uma ótica mais geral sobre as atitudes do novo consumidor brasileiro, o mestre da Universidade de São Paulo, Celso Grisi, apontou que as principais características são: racionais e exigentes; preferem produtos com qualidade suficiente, mas com preço baixo; são mais sensíveis a preços. Se o preço aumenta, eles trocam para outro similar; têm consciência sobre o valor da moeda; estão menos vulneráveis ao poder da marca; menos fieis a produtos e marcas, ou seja, quem conceder descontos sai na frente. É a conclusão que chegou o estudo feito pela Ipsos MediaCT.
Houve, ainda, um aumento da classe C, a diminuição das desigualdades sociais e as mudanças no panorama socioeconômico brasileiro. Além disso, também foram criados programas sociais e políticos de transferência de renda, acesso ao crédito facilitado, diminuição das desigualdades sociais e a mobilidade social. O consumidor que surge na contemporaneidade tem poder de escolha e costuma buscar e comparar informações sobre as empresas e os produtos/serviços antes de realizar uma compra ou mesmo consumir uma mídia. Para 50% daqueles que são mais engajados, conhecedores, críticos, sofisticados e que adoram comprar, fazer compras serve para relaxar.
“O consumidor está mais racional, exigente, entende o valor dos produtos e busca o experimento de novos produtos e serviços. Quando tem seu sonho de compra atingido, logo se dilui e busca a conquista por outro desejo. Esse consumidor está ávido por novidades, estando exposto a vários meios de comunicação, mas sabendo distinguir o momento certo de consumi-las de forma integrada ou em alguns meios, de forma isolada”, afirma Diego Oliveira, diretor de contas da Ipsos MediaCT.
Eles são consumidores extremamente experientes, curiosos e conselheiros: 42% deles recebem frequentemente pedidos de conselhos para a realização de compras; 91% gostam de comprar por recomendação; 15% sempre são os primeiros dos seus amigos a experimentar novos produtos ou serviços e 10% influenciam o comportamento de compra dos outros 90%.
Quando precisam de algo, 28% preferem comprar a crédito a esperar para comprar à vista e 18% não se imaginam sem um cartão de crédito no seu dia a dia. Quando são questionados como se relacionam com o trabalho, 39% consideram que, nas suas vidas, o trabalho vem sempre em primeiro lugar, 75% defendem que as mulheres devem trabalhar fora e 57% garantem que é mais importante a forma como usam seu tempo do que quanto dinheiro gastam.
A pesquisa também revelou como os consumidores lidam com o dinheiro: 45% deles fixam um valor máximo para gastar quando fazem as compras do mês e não o ultrapassam; 43% não conseguem guardar dinheiro e 66% são muito cuidadosos com dinheiro. Eles são otimistas por natureza, 68% garantem que as suas vidas estão melhores agora do que tempos atrás, já 75% acreditam que suas vidas serão melhores no futuro.