Estudo global elaborado pela consultoria Cognizant indica que a compra de bens de consumo por meios digitais, como e-commerce e celular, deve dominar o mercado até 2025. Isso representa a mudança de um modelo de consumo em que os clientes visitam lojas físicas para um no qual os consumidores preenchem seus estoques com apenas um clique ou por meio de uma conversa com uma Inteligência Artificial. Essa transformação está acontecendo mais depressa do que o previsto.
O estudo aponta que os produtos de consumo rápido que constituíam boa parte dos estoques das lojas (produtos pessoais, de beleza, cosméticos, de limpeza, alimentos e bebidas) são agora desenhados para envio rápido e fácil por meio de canais online. A formulação do produto agora é “cada” e não mais em caixas ou pallets. As principais transformações serão na transparência das empresas em relação a seus produtos/serviços, na demanda dos consumidores em uma era em que as prateleiras serão virtuais e no modelo de supply chain.
“As empresas vão cada vez mais precisar estabelecer o valor de suas respectivas marcas para gerar engajamento, o que representa não apenas o produto oferecido, mas também sua história e seus benefícios”, analisa Roberto Wik, diretor de Varejo e Bens de Consumo da Cognizant no Brasil. “A concorrência não será apenas em termos de mercadorias, mas também na experiência que as marcas oferecem. Nesse cenário, o custo-benefício importa mais do que nunca.” Como exemplo, corredores longos com produtos de consumo rápido serão substituídos por espaços menores com produtos de conveniência enfatizando frescor.
Para que as companhias se adaptem, Wik recomenda que elas repensem seus posicionamentos de mercado, definam e implementem processos de transparência e desenvolvam estratégias digitais. “Para garantir que os consumidores procurem seus produtos, as corporações precisarão cada vez mais estabelecer valores de marca, que é a soma do produto, de sua história e da conveniência que ele oferece. Conhecer seus clientes e engajá-los individualmente demonstra força. Até 2025, entender o comportamento do seu público-alvo em diferentes plataformas possibilitará correlações de dados sofisticadas que ajudarão as organizações a determinar como a informação está mudando a percepção de marca e os impactos financeiros disso.”
MUDANÇAS NAS DEMANDAS
A era digital mudou a tradicional relação entre marcas e varejistas. Quando as prateleiras eram apenas físicas, os varejistas esperavam que as empresas fornecedoras fossem eficientes para manter uma oferta constante de produto. Agora, são os fornecedores que esperam que os varejistas vendam bem. Por sua vez, as marcas sempre tiveram valores e mensagens bem definidas para seu público. A diferença agora é que são elas que devem procurar seus clientes, e não ao contrário. Ser transparente com os consumidores ajuda nessa aproximação, principalmente nas redes sociais, que são um forte ponto de influência na sociedade. Em 2025, quando 40% das vendas de bens de consumo forem por meios digitais, uma plataforma always-on estará disponível para auxiliar potenciais compradores.
A era digital mudou a tradicional relação entre marcas e varejistas. Quando as prateleiras eram apenas físicas, os varejistas esperavam que as empresas fornecedoras fossem eficientes para manter uma oferta constante de produto. Agora, são os fornecedores que esperam que os varejistas vendam bem. Por sua vez, as marcas sempre tiveram valores e mensagens bem definidas para seu público. A diferença agora é que são elas que devem procurar seus clientes, e não ao contrário. Ser transparente com os consumidores ajuda nessa aproximação, principalmente nas redes sociais, que são um forte ponto de influência na sociedade. Em 2025, quando 40% das vendas de bens de consumo forem por meios digitais, uma plataforma always-on estará disponível para auxiliar potenciais compradores.
“Os varejistas precisam entender a jornada dos clientes, dos produtos e localizar o momento de compra de seus consumidores. Para isso, é necessário investir em arquiteturas de rede que consigam gerenciar grandes volumes de tráfego online com recursos de geolocalização e respostas imediatas ao usuário para transmitir ao visitante digital uma experiência de loja física”, comenta Wik.