Segundo dados levantados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,3% em novembro ante o mês passado. Em outubro, a alta havia sido de 3,5% sobre setembro. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores, levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. O desempenho do indicador é calculado com base em uma escala de 0 a 200 (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor). Com os resultados de outubro e novembro, o indicador passou de 112,8 para 114,3 pontos. Segundo a FGV, essa pontuação é o maior índice desde setembro de 2005.
A ACEB (Associação Comercial e Empresarial do Brasil) atribui esse aumento à fase positiva que a economia nacional está vivendo desde o início do ano. “Em 2007 acompanhamos uma grande quantidade de notícias positivas para a economia nacional como, por exemplo, o aumento do PIB, a queda no índice de desemprego e a alta nas vendas em vários setores da indústria brasileira. Isso significa um maior valor monetário circulando no país. Por isso, é natural que os consumidores passem a ver a situação econômica do Brasil com bastante otimismo”, afirma Irineu de Ascenção, diretor de relações institucionais da ACEB.
Para Irineu, o aumento na confiança dos consumidores é uma ótima notícia para o micro e pequeno empresário. “Esta alta significa que as pessoas, neste final de ano, se sentirão mais seguras em efetuar compras e, desse modo, irão aumentar o lucro dos empreendedores”, complementa.
O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual e o Índice de Expectativas. O primeiro subiu de 4,3% em novembro, em comparação com o aumento de 1,8% em outubro, enquanto o segundo apresentou queda de 0,2%, também comparado ao mês anterior, que apresentou alta de 4,3%. Apesar desse último dado sofrer uma leve queda, Irineu acredita que nas próximas apurações ele tende a se reverter. “Se o aquecimento da economia permanecer, tal qual vem sendo observado nos meses anteriores, as pessoas ficarão mais otimistas em relação aos meses subseqüentes”, opina o diretor.