Em dezembro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu 110,7 pontos, alta de 0,4% em comparação ao mês anterior, quando registrou 110,3 pontos. Já na comparação anual, o acréscimo foi de 27%. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).
De acordo com a assessoria econômica da Entidade, as avaliações dos consumidores com o momento atual melhoraram de forma expressiva na passagem de novembro para dezembro, registrando a sétima alta consecutiva. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos subíndices que compõem o indicador, avançou 20,8% ao passar de 60,1 em novembro para 72,6 pontos em dezembro. Em relação ao mesmo período de 2015, o índice assinalou alta de 25,3% – registrando, assim, a terceira alta consecutiva nessa base de comparação.
As expectativas em relação aos meses seguintes caíram. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), o outro componente do ICC, retraiu 5,3% passando de 143,8 em novembro para 136,1 pontos em dezembro e, no comparativo interanual, registrou alta de 27,6%
Segundo a FecomercioSP, uma melhora da confiança no mês em que os consumidores recebem o 13º salário e esperam pelas comemorações de final de ano, é quase inevitável – o que foi observado mais claramente nas respostas sobre as percepções atuais. Entretanto, se não fosse o fator sazonal a influenciar as respostas, certamente o indicador teria caído este mês.
Eles ainda acrescentam que, após atingir o maior patamar dos últimos três anos, o consumidor parece ter ajustado o seu otimismo em relação ao futuro. Ainda existe certa desconfiança sobre o atual cenário socioeconômico e político no País, e o consumidor já percebeu que o sentimento que “dias melhores virão” vai demorar um pouco mais para se concretizar. Fatores como o alto desemprego devem manter essa oscilação entre altas e baixas do indicador, sem fixar tendência.
Gênero e renda
No resultado apurado pelo ICEA os consumidores com renda familiar superior a 10 salários mínimos (SM) e com idade inferior a 35 anos foram determinantes para a alta mensal. O primeiro grupo registrou um avanço de 43,1% ao passar de 59,6 em novembro para 85,2 pontos em dezembro. O segundo assinalou alta de 25,9% passando de 62,6 em novembro para 78,9 pontos em dezembro.
Já a queda do IEC foi motivada, principalmente, pelo público feminino e aqueles consumidores com renda superior a 10 salários mínimos. O grupo feminino assinalou queda de 8,7% ao passar de 142,3 em novembro para 129,9 pontos em dezembro. E os consumidores com rendimentos acima de 10 SM registraram queda de 7,2% passando de 162,9 em novembro para 151,2 pontos em dezembro.