Consumidores do setor de seguros de todo o mundo apontam direcionamentos importantes ao mercado para os próximos anos. As constatações foram feitas pelo estudo da IBM “Powerful interaction points – saying goodbye to the channel”, que ouviu mais de 21 mil consumidores de 20 países, sendo 1.600 do Brasil, sobre seu relacionamento com as seguradoras. A principal conclusão apontada pelo estudo foi de que a confiança no setor continua baixa e o nível de lealdade dos clientes está diminuindo, tornando cada vez mais difícil para as empresas manter sua base de clientes. 29% dos entrevistados possuem três ou mais provedores de seguros para diferentes linhas de produto e 25% dos clientes que se consideravam fiéis a uma marca específica mudaram de seguradora nos últimos dois anos. Além disso, a pesquisa apontou uma grande mudança no perfil do consumidor, que passou a utilizar diferentes formas de interação com a seguradora.
“As organizações mais bem sucedidas serão as que apostarem em um processo de colaboração e co-criação de produtos e serviços com seus clientes, para melhor entender, prever e atender suas reais necessidades”, completa Ciccone. “Para operar em um mundo cada vez mais complexo e interconectado, será necessário pensar ´fora da caixa´, em estratégias que aumentem a confiança do cliente na sua seguradora, que ainda é baixa”.
Recentemente, a IBM também divulgou os resultados do Global CEO Study 2010 for Insurance, que entrevistou 78 presidentes de seguradoras de 28 países, incluindo 10 presidentes do Brasil. Os resultados apontaram que os líderes do setor estão em sintonia com as necessidades de seus consumidores. 90% dos entrevistados dizem que a aproximação com os clientes será o comportamento prioritário para endereçar o trabalho das seguradoras frente aos desafios futuros – e 55% dos presidentes apontaram a criatividade como principal qualidade do líder do setor, seguida de integridade (50%) e poder de influência (36%).
O processo de mudança no contato com clientes exigirá mais utilização de ferramentas analíticas para permitir a transformação de dados em conhecimento avançado do cliente, conhecimento apurado de riscos e informação estratégica, direcionando ações para a criação de resultados reais nos negócios – 86% dos entrevistados afirmaram que análises integradas e processos interativos de planejamentos estratégicos são prioridade.