O Índice de Confiança do Consumidor, ICC, registrou 115,8 pontos em outubro, recuo de 2,6% em relação aos 118,9 pontos observados em setembro. No comparativo anual, a queda foi de 16,8% de acordo com a pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, FecomercioSP. Os dois quesitos que compõem o indicador apuraram quedas em suas avaliações. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) recuou 0,5%, ao passar de 122,3 pontos em setembro para 121,6. Na divisão entre consumidores do sexo masculino e feminino, o indicador revelou que as mulheres estão menos confiantes em relação ao cenário econômico futuro, com uma diminuição de 3,7% em relação a setembro, ao sair de 123 pontos para 118,5 pontos. Já os homens apresentaram um incremento de 2,6%, com 124,8 pontos em outubro, ante 121,6 em setembro.
O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) também contribuiu para o resultado negativo, com queda de 5,9%, ao passar de 113,8 pontos em setembro para 107,1 pontos em outubro. Em relação às classes de renda, os consumidores com renda superior a dez salários mínimos apresentaram avaliações mais otimistas: de 111,9 pontos registrados no último mês, passaram a ter 113,5 pontos. Já os consumidores com renda inferior a dez salários, passaram de 114,8 pontos para 104,1 pontos.
Para a assessoria econômica da FecomercioSP, esta falta de otimismo é ocasionada, principalmente, pela perda do poder de compra dos salários com os aumentos sistemáticos nos preços ao consumidor, que descreveram certa acomodação nos meses julho e agosto, mas voltaram a subir no mês de setembro, o que confirma a pressão sobre determinados bens de consumo, em especial nos produtos alimentícios. Contribui para isso também o encarecimento do crédito devido aos juros altos.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP, desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores do município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta as condições econômicas atuais e as expectativas quanto à situação econômica futura.