Ficar parado é correr o risco de perder seu principal ativo: o cliente. “A empresa que permanecer estática pode ser atropelado pelos concorrentes, que estão fazendo melhor a sua lição de casa”, alerta José Hernani Arrym Filho, sócio da Pieracciani, consultoria de gestão da inovação. Por isso, o executivo recomenda às empresas que invistam de modo sistemático e disciplinado em inovação, para buscar oportunidades de ruptura. “Assim podem surgir oportunidades que justifiquem até spin-offs, por exemplo”, completa. Em entrevista exclusiva ao portal ClienteSA, Arrym Filho fala sobre o atual estágio das empresas brasileiras em inovação e o caminho para inovar na gestão de clientes.
ClienteSA – As empresas já estão cientes da importância de inovar?
José Hernani Arrym Filho: Em nosso País, são poucas as que estão no “clube das inovadoras de verdade”, não são mais do que 700 empresas. Não temos, por vários motivos, a tradição de investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Na verdade, para competir com os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) as nossas empresas e o setor público precisariam triplicar os investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e melhorar enormemente a eficácia e a eficiência deste investimento e do processo. Além disto, as empresas precisam entender rapidamente que inovar não é fruto de lampejo(s) de criatividade. Para inovar de verdade, o desafio está em combinar, com disciplina: estratégia para inovar, ambiente, arquitetura organizacional, processos, pessoas e cultura para inovação.
José Hernani Arrym Filho: Em nosso País, são poucas as que estão no “clube das inovadoras de verdade”, não são mais do que 700 empresas. Não temos, por vários motivos, a tradição de investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Na verdade, para competir com os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) as nossas empresas e o setor público precisariam triplicar os investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e melhorar enormemente a eficácia e a eficiência deste investimento e do processo. Além disto, as empresas precisam entender rapidamente que inovar não é fruto de lampejo(s) de criatividade. Para inovar de verdade, o desafio está em combinar, com disciplina: estratégia para inovar, ambiente, arquitetura organizacional, processos, pessoas e cultura para inovação.
Como a inovação pode auxiliar na gestão de clientes?
Quando se fala em inovação, muitas vezes pensa-se apenas na inovação radical. Para se diferenciar, em muitos casos pode bastar a inovação incremental, desde que o esforço seja continuado e cumulativo. No caso da “gestão de clientes”, deve-se olhar não apenas para este processo, mas, necessariamente, mapear o seu relacionamento direto e indireto com outros processos. Além disto, deve-se fazer o seu aperfeiçoamento/ redesenho considerando os chamados três níveis de desempenho: organizacional, processo e posto de trabalho.
Como identificar o momento de inovar?
A empresa deve olhar sistematicamente para as empresas (não apenas concorrentes) bem-sucedidas e perceber o ponto de virada que eles estão criando, nunca esquecendo que ser seguidor tem prós e contras. Se decidir criar tendência, então o caminho é investir de modo sistemático e disciplinado em inovação, e buscar oportunidades de ruptura.
Nesse processo deve-se deixar o que já existe ou agregar o novo?
Repensar a empresa e suas práticas a partir de uma folha de papel em branco não é factível no mundo dos negócios, muito embora haja simpatizantes (alguns acadêmicos) desta causa. O que vale a pena é investir sistematicamente na inovação, porque assim podem surgir oportunidades que justifiquem até spin-offs, por exemplo.