Os paulistanos iniciam 2007 mais otimistas do que quando encerraram 2006. É o que mostra o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que alcançou 134,2 pontos em janeiro. Este resultado é 5,1% superior ao de dezembro último, quando o ICC marcou 127,7 pontos. Vale destacar ainda que se trata de uma reversão de tendência uma vez que no comparativo entre dezembro e novembro de 2006, o índice apurou variação negativa de 5,1%. O ICC varia de 0 a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 pontos e otimismo acima desse patamar.
“A melhora na percepção do consumidor reflete ainda dois efeitos. O recebimento da segunda parcela do décimo terceiro e a oportunidade de efetivação de temporários. Ambos influenciam de forma positiva o humor do consumidor. No entanto, é importante considerar também a influência do crescimento, ainda que muito gradual, dos níveis de emprego e renda verificados no fim de 2006” , afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.
A melhora no humor dos paulistanos, verificada em janeiro, foi puxada pela elevação das expectativas dos consumidores quanto ao presente. No comparativo a dezembro de 2005, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) avançou 12,7% para 137,2 pontos. Já o Índice das Expectativas do Consumidor (IEC) teve alta de 0,3% e alcançou 132,2 pontos.
Quando se observa os dados segmentados – renda, sexo e idade – verifica-se que o otimismo é maior entre os homens, com menos de 35 anos e que ganham acima de 10 salários mínimos. Na segmentação por renda, entre os que possuem rendimentos superiores a 10 salários mínimos, o ICC apurou alta de 13,4% em relação ao mês anterior (142,1 pontos). Já entre os que ganham abaixo desse patamar, o ICC avançou 1,2% em relação a dezembro (130 pontos).
Embora o ICC de janeiro tenha mostrado um maior aumento da confiança entre as mulheres (5,7%), alcançando 131,5 pontos contra elevação de 4,2% entre os homens, eles ainda são mais otimistas. Neste grupo, o índice alcançou 136,9 pontos. O mesmo ocorre na segmentação por idade. O avanço de 6,4% para 127,4 pontos na confiança das pessoas com mais de 35 anos supera a alta de 4,2% no otimismo dos mais jovens. No entanto, o ICC alcançou 138,2 pontos entre aqueles com menos de 35 anos, no mês de janeiro.