O consumo dos brasileiros atingirá R$ 1,863 trilhão, em termos reais, em 2009. Os cálculos do IPC-Target do Brasil em Foco 2009 indicam que as despesas das famílias crescerão mais que o PIB (1,6% ante os 1,2% previstos para o PIB, no período entre 2008/2009), revelando ainda um crescimento populacional da ordem de 1,36%. O estudo foi feito com base em dados secundários atualizados, pesquisados em fontes oficiais de informação, utilizando metodologia própria da Target Marketing.
A população atingirá 191,5 milhões de pessoas, dimensão ajustada conforme os resultados da contagem do IBGE de 2007 (amostragem com municípios de até 170 mil habitantes) e projeções anuais com revisão em 2008. O número de mulheres é pouco superior ao dos homens (51% contra 49%). A população urbana representa 83,3%, prevendo-se um consumo per capita anual de R$ 11.085,02. O consumo rural representará montante equivalente a R$ 96,1 bilhões.
O IPC-Target de 2009 traduz a importância da classe C (C1 e C2), que mesmo segmentada volta a se evidenciar em potencialidade de consumo, requerendo maior atenção dos setores produtivos e de serviços para as necessidades desses consumidores, observa Marcos Pazzini, diretor da Target Marketing e responsável pelo estudo. Para exemplificar, Pazzini destaca que a classe C no seu todo absorve R$ 532,8 bilhões do consumo nacional.
Em termos de mobilidade social nas áreas urbanas, verifica-se ainda crescimento significativo na população da classe C, com ganho de participação no potencial de consumo quando somadas C1 e C2. Esse aumento quantitativo de pessoas provém normalmente das classes D e E, que em 2009 representa também expansão de renda para consumo. Nas classes A2, B2 e B1, entretanto, observa-se um contingente maior de pessoas, com queda no potencial de consumo.
Regiões – Embora a região Sudeste apresente maior participação absorvendo 51,4% do consumo nacional (no ano passado foram 51,8%), a região Nordeste revelou um crescimento significativo, mantendo a 2ª posição no ranking nacional de consumo. Além de manter a segunda posição no ranking das regiões em consumo do País, com 18,8% (ante os 18,2% em 2008), aumentou a diferença para a região Sul que perdeu participação quando comparada ao ano passado. Neste ano, a região Sul responderá por 16,3% ante os 16,8% de 2008. No Centro-Oeste, o consumo se apresenta estagnado em 7,8%, enquanto no Norte a participação cresceu para 5,7% ante os 5,4% obtidos no ano anterior.
Se somadas, as 15 maiores cidades do País respondem por 29,4% da participação do consumo nacional. Em termos de crescimento, Belém, no Pará ascende no ranking ficando na 11ª posição com 0,90% (foi 14ª com 0,73%, no ano passado). Entretanto, as lideranças são puxadas por São Paulo registrando IPC Target de 8,53%, seguidas pelo Rio de Janeiro = 5,31%; Belo Horizonte = 1,97%; Brasília = 1,88%; Salvador = 1,66%; Curitiba = 1,53%; Fortaleza= 1,29%; Porto Alegre = 1,26% (8ª); Recife = 0,96% (9ª) e Goiânia = 0.92% (10º).
Entre as inúmeras variáveis do cenário nacional o IPC Target aponta redução no consumo das 27 capitais quando comparado com os últimos anos. A participação das capitais será de 32,0% em 2009, ante os 32,4 registrados em 2008. Em valor, a participação das 27 capitais brasileiras será equivalente a R$ 596,5 bilhões.