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Cresce a inadimplência de empresas

De acordo com o Indicador Serasa de Inadimplência (registros de cheques devolvidos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras, empresas do varejo, cartões de crédito e financeiras), a inadimplência de pessoa jurídica aumentou 8,9% em janeiro de 2005, quando comparada com dezembro de 2004, mês que havia registrado uma queda de 4,2% em relação a novembro. Na série dessazonalizada, no entanto, o indicador registra uma queda de 6,7%. Isso porque a alta registrada no indicador sem ajuste sazonal é muito menor que a comumente verificada nos meses de janeiro.
Segundo o indicador, os títulos protestados, embora venham apresentando queda na representatividade da inadimplência de empresas, ainda registram a maior participação, com um peso de 42,5% em janeiro de 2005. No mesmo mês do ano passado, os títulos protestados representavam 46,0%, enquanto que em janeiro de 2003 tinham um peso de 49,2% na inadimplência de pessoas jurídicas.
Os cheques devolvidos por insuficiência de fundos têm o segundo maior peso no indicador, com uma participação de 38,8% em janeiro de 2005. No primeiro mês de 2004, os cheques respondiam por 38,4% do índice, enquanto que em janeiro de 2003, representavam 35,8%. Com o menor peso estão as dívidas registradas junto aos bancos, que em janeiro deste ano representaram 18,8% da inadimplência entre as pessoas jurídicas. Em janeiro de 2004, essas dívidas respondiam por 15,6% da inadimplência, enquanto que em 2003, eram 15,0% do indicador.
Em janeiro de 2005, o valor médio das anotações negativas de cheques sem fundos de pessoa jurídica atingiu R$ 1.194,79. Já os títulos protestados registraram valor médio de R$ 1.372,31 e o valor médio das dívidas registradas com os bancos foi de R$ 3.727,80.
Segundo os técnicos da Serasa, a inadimplência da pessoa jurídica, em janeiro de 2005, apresenta um comportamento típico de início de ano, em que o volume de pagamentos supera as receitas do período. Entretanto, os dados dessazonalizados sugerem que o desaquecimento da economia, por conta da política monetária, ainda não se refletiu nos indicadores de inadimplência. Isso ocorre porque o bom desempenho econômico dos últimos meses, puxado pelo aumento do consumo, ainda tem permitido que as empresas administrem seu fluxo de caixa de forma adequada.

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