O faturamento real das micro e pequenas empresas paulistas fechou setembro em alta de 9,5%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, acumulando, no ano, crescimento de 8,1%. Este é o segundo melhor resultado de 2006, segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo (PCPV) da Fecomercio. Em janeiro, esta parcela do varejo registrou elevação de 11,1% nas vendas reais. O levantamento é apurado mensalmente pela entidade desde 2004. Os dados são coletados junto a cerca de 600 estabelecimentos comerciais no Estado de São Paulo.
De acordo com o presidente da Fecomercio, Abram Szajman, o país pode estar iniciando um processo de aquecimento da economia,. “Esperamos que seja, de fato, um aquecimento sustentado e não apenas uma bolha de crescimento”, avalia.
Na comparação interanual, dois segmentos registraram queda no faturamento real: materiais de construção (12,1%) e farmácias e perfumarias (3,1%). Mais uma vez, as lojas de vestuário, tecidos e calçados tiveram o melhor desempenho do ano (alta de 18,4%), seguidas por móveis de decorações (15,3%), eletrônicos (10,7%), alimentos e bebidas (8,4%) e autopeças e acessórios (4,2%).
O desempenho em relação a agosto, no entanto, não foi dos melhores: queda de 3,9% nas vendas reais. Dos sete segmentos pesquisados, seis registraram desempenho negativo: materiais de construção (12,7%), vestuário, tecidos e calçados (5,2%), alimentos e bebidas (2,3%), autopeças e acessórios (2,2%), eletrônicos (1,3%) e farmácias e perfumarias (0,3%). Em setembro, a performance das lojas de móveis e decorações foi, praticamente, semelhante ao do mês anterior, registrando apenas uma oscilação positiva de 0,7% nas vendas reais.