O Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Jurídica apontou aumento de 1,5% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2006. Apesar de encerrar o semestre em alta, a inadimplência das empresas recuou 2,6% na relação de junho de 2007 com junho de 2006.
Na variação mensal, quando comparado junho com maio deste ano, houve uma queda de 11,9%, devido ao menor número de dias úteis no sexto mês de 2007.
Os títulos protestados lideraram o ranking de representatividade, com 39,9% de participação de janeiro a junho de 2007, um percentual abaixo dos 40,5% registrados no primeiro semestre de 2006.
Em seguida, apareceram os cheques sem fundos com 38,5%. No mesmo período do ano anterior, os cheques devolvidos por falta de fundos tiveram uma representatividade de 39,8%.
Já o peso das dívidas com os bancos segue em constante elevação. Na primeira metade de 2007, houve uma participação de 21,6% desses registros no indicador, enquanto nos seis primeiros meses do ano passado, o percentual foi de 19,8%.
Para os técnicos da Serasa, esse crescimento decorre do maior endividamento das empresas, devido à expressiva alta no volume de crédito concedido. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, o saldo dos empréstimos dos bancos às empresas aumentou 21,3% em maio deste ano frente ao mesmo mês de 2006.
Além disso, a valorização do real em relação ao dólar impactou negativamente o fluxo de caixa de empresas exportadoras e das que sofrem concorrência dos produtos importados.
Por outro lado, a expansão da atividade econômica, sustentada pela queda dos juros, pelo aumento do crédito à pessoa física e pela recuperação da renda e do emprego, tem influenciado quedas no indicador na comparação anual, a exemplo do que aconteceu nos meses de maio e junho em relação aos mesmos meses de 2006.