Cresce mercado de consumo online

As vendas no mercado de consumo por meio de plataformas de e-commerce atingiram US$ 48 bilhões em 12 meses até junho de 2016, de acordo com relatório da Kantar Worldpanel. O terceiro estudo anual Futuro do E-commerce para FMCG mostra que o e-commerce já responde por 4,4% de todas as vendas do mercado de bens de consumo. Enquanto o canal está crescendo, o mercado de bens de consumo como um todo está estável, aumentando apenas 1,6% em relação ao mesmo período.
 
Stéphane Roger, diretor global de shopper & retail na Kantar Worldpanel, comenta que “o crescimento de bens de consumo está desacelerando, mas nossos dados mostram que as pessoas estão procurando por conveniência, que pode entrar em compras online. O e-commerce de FMCG, apesar de ser pequeno, somente uma em cada quatro pessoas fazem compras online, está crescendo rapidamente. Em 2025, preveremos que as vendas online terão um valor estimado em US$ 150 bilhões, chegando a 9% do valor total em FMCG. Com novos concorrentes, como a Amazon – em rápida expansão – a indústria enfrenta uma reorganização”.
 
“Embora as vendas online tenham um potencial para canibalizar as vendas em lojas, é vital que os varejistas ajam rapidamente para desenvolver uma forte presença no e-commerce. O varejista que está na primeira linha em cada mercado pode desfrutar a quota de mercado superior. Isso pode ser uma diferença de pelo menos 40% na França e até três vezes no Reino Unido. Neste relatório, vemos como varejistas e marcas estão encontrando maneiras de trabalhar através de todos os canais”, completa.
 
Mas, ao contrário do que se pode imaginar, o crescimento do e-commerce não é o mesmo em todo o mundo e não é explicado pela conectividade. Talvez não seja surpreendente que a desenvolvida digitalmente Coreia do Sul seja o maior mercado de bens de consumo online do mundo em participação de valor (16,6%). No entanto, nos Estados Unidos, apenas 1,4% das compras de supermercado são feitas online. A China é o mercado que registrou o maior crescimento nos últimos 12 meses, 47% – com uma participação em valor de 4,2%. A Europa tem relativamente baixa adoção de e-commerce em todos os países, exceto para o Reino Unido, com a fatia de mercado de 6,9% e a França, com 5,3%. Essa, aliás, é um mercado relativamente único em e-commerce, já que seu sucesso é pelo modelo de entrega, onde a compra online é retirada na loja. A adoção do e-commerce na América Latina é atualmente muito baixa, com exceção da Argentina, com 1%.
 
Compra online gera maior fidelidade
Uma vez que os compradores começam a comprar online, estão mais propensos a fidelizar. Entre este grupo no Reino Unido, quase um quarto (23,3%) de todos os gastos é por meio de e-commerce, resultando em menos viagens para as lojas físicas.
 
A dinâmica deve ser incentivada
Comparações entre o Reino Unido, França e China, têm mostrado que um ano após começar a fazer compras online, os consumidores no Reino Unido e na França gastaram menos no total (-2,4% e -1,4% respectivamente), porque há menos compras de impulso. E as marcas precisam trabalhar mais para incentivar compras online de impulso, como por exemplo, fazer sugestões de produtos complementares. Na China, 50% das vendas online de bens de consumo em produtos de beleza é vista como uma ocasião de prestígio e, na verdade, teve um aumento nas vendas depois de um ano (+ 8,1%).
  
Compras online são geralmente maiores
Os compradores geralmente gastam mais nas compras online do que em outros canais, logo, o e-commerce é um canal potencial para lucrar. No Reino Unido, por exemplo, a compra online apresenta um ticket médio de US$ 59 em comparação com US$15 nas lojas físicas.
 
Além disso, dados da Kantar Worldpanel mostram que 55% dos compradores online utilizam a mesma lista de compras para uma compra seguinte. As marcas precisam concentrar seus esforços para conseguir entrar nesta lista.

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