Computador que dá pau, problemas com o celular e telefonia fixa, softwares ininteligíveis, adaptação com tecnologias recentes… O que deveria ser um mecanismo de suporte à produtividade dentro das empresas pode ser um tiro pela culatra. Isso é “Futzing”.
O consultor Victor Gradilone, afirma que o chamado Futzing atenta cada vez mais contra a saúde financeira das empresas, visto que a perda de produtividade é bastante considerável. “As empresas chegam a perder até 30% de produtividade. Isso acarreta em desperdício de tempo e vazamento de capital”, adverte Gradilone.
Para coibir este tipo de prática é necessário que se identifique prontamente os problemas e deixe sempre um Plano B à espreita. De acordo com Gradilone, a empresa deve utilizar soluções simples, básicas e acessíveis a todos. “Injetar simplesmente uma nova tecnologia pode ser uma tormenta se for introduzida sem critérios e treinamentos específicos. O empresário deve levar em conta que na busca do ótimo pode-se perder o bom”, lembra ele.
Atualmente, a idéia da perda de produtividade por Futzing, embora não qualificada desta forma pela maioria dos empresários, é sentida no balanço da empresa. “Todos se sentem ameaçados por qualquer tipo de tecnologia que possa deixar a empresa refém de um jogo de configurações que, uma vez perdidas ou comprometidas, coloca a administração em risco na velocidade da luz”, alerta o consultor.
Quando não havia Internet, a perda de tempo com a aplicação de novas tecnologias era de aproximadamente uma hora por semana. Com o advento da rede, o tempo é quatro vezes maior e a improdutividade também. “O importante é que a empresa invista na modernização de sua gestão, entretanto deve ter em mente que certas coisas não podem ou devem ser modificadas como, por exemplo, os investimentos no valor humano”, enfatiza Gradilone.