Cultura de colaboração: vantagem competitiva

Autor: Andrea Cavallari
A inovação se torna cada vez mais global, multidisciplinar, colaborativa e aberta. Empresas que conseguem trabalhar absorvendo essas características nos processos do dia a dia ganham uma vantagem importante e saem à frente dos concorrentes. Essa colocação pode parecer comum, principalmente em um mercado de TI no qual temos diversos produtos e serviços similares. Mas, na prática, não é bem assim.
A vantagem competitiva de uma organização pode ser definida como uma característica única, que destaca a empresa frente aos demais players do mercado por trazer mais valor aos clientes. Um bom exemplo de vantagem competitiva no mundo dos softwares são as companhias que adotam a cultura de colaboração, o que traz diferenciais fundamentais, como inovação acelerada e ciclos de desenvolvimento mais ágeis.
Nesse modelo de negócio, a empresa trabalha com a cultura colaborativa, que possibilita aos funcionários a participação em projetos extras, que nem sempre têm a ver com a sua função original. A ideia é que esses profissionais sintam-se à vontade para se voluntariar e contribuir em grupos de discussão junto a membros de outros departamentos da companhia. Todos esses colaboradores se reúnem periodicamente para discutir inovação e trabalhar em protótipos de novos produtos, sugerir melhorias de processos ou ainda a utilização de ferramentas focadas em eficiência operacional.
No trabalho colaborativo não há chefes nem subordinados, não existe fluxo de trabalho engessado nem micro gerenciamento das tarefas. Cada pequeno projeto tem um líder situacional – um funcionário comum, que não possui o título de gestor -, responsável por coordenar toda a força tarefa. Por meio dessas iniciativas, os softwares e processos são desenvolvidos de maneira rápida e inclusiva, consolidando diferentes pontos de vista.
Já no modelo de organização tradicional, um executivo que tivesse recebido a missão de criar uma nova ferramenta ou software teria um longo processo: etapas de estudo de custos, contratação de desenvolvedores, treinamento para novos funcionários, desenho do fluxo de trabalho, métricas de produtividade etc. Levariam anos para a produção de um protótipo funcional que, possivelmente, já estaria obsoleto.
A abordagem da cultura colaborativa prova que juntar colaboradores que já fazem parte da organização em grupos diferentes, sem hierarquia, ajuda a diminuir essas etapas e enriquece o processo de criação e desenvolvimento. Ou seja, a colaboração elimina fases custosas e demoradas.
Para os colaboradores, a troca de experiências e a possibilidade de expandir os contatos dentro da organização são fatores motivacionais. Já para a empresa que adota a abordagem colaborativa de forma séria e focada, além do engajamento dos funcionários, os benefícios incluem a economia e a constante inovação, gerando vantagem competitiva e fidelização dos clientes.
Não acredita? Então, observe sua organização, seus concorrentes e os ícones da indústria de TI. Seguramente, aqueles que utilizam a cultura de colaboração como base para seu funcionamento conseguem responder mais rápido às demandas dos clientes e se destacar no mercado.
Andrea Cavallari é senior manager of customer success na Red Hat.

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