O comércio eletrônico realmente caiu no gosto tanto dos consumidores quanto dos empreendedores. Tanto que a quantidade de pessoas que já realizaram, ao menos, uma compra pela internet já ultrapassou os 51 milhões. Além do aumento de consumidores, muitos comerciantes têm a ilusão de que manter um e-commerce é simples e não exige tanto esforço. Porém, não é bem assim. Ivan Bastos, cofundador da Webjump, alerta que criar uma loja virtual não é uma tarefa fácil, como muitos acreditam.
O executivo ainda lembra que um erro recorrente de muitos lojistas é que eles se esquecem de que para manter um e-commerce é preciso montar uma estrutura assim como de uma loja física. Além de ter claramente definidos os tipos de produtos que pretende vender, é de extrema importância conhecer a fundo o segmento de mercado que estará presente. Para isso, Bastos listou 10 dicas para criar uma loja virtual:
1. Público: antes de tudo, deve-se pensar e estabelecer o seu público-alvo. Defina para quem, com quem e como você vai falar. Depois desenvolva uma estratégia de comunicação que siga corretamente a forma de informar seu público-alvo para que a sua loja virtual seja capaz de suprir os desejos, necessidades, informações e produtos do seu público.
2. Estoque: ter um bom estoque é algo fundamental para otimizar a logística. Quanto mais produtos vendidos, maior deve ser seu estoque. Evite transtornos com seus futuros consumidores. Não venda aquilo que não possa entregar. Procure estar certo de que poderá atender de forma rápida e segura o seu cliente. Na Internet, um cliente insatisfeito pode reduzir a reputação da sua loja em mídias sociais e canais de comunicação.
3. Atendimento: ofereça diversos canais de atendimento e contato ao cliente. Além de telefone e e-mail, invista em atendimento personalizado por meio de chat e redes sociais, como Facebook e Twitter. Esses últimos estão como os favoritos do público, graças à velocidade do serviço. Lembre-se, o seu e-commerce está online e o seu consumidor também. Você deve estar sempre próximo a ele.
4.Política de trocas: estabeleça e disponibilize no site como funciona o processo de troca e devolução de sua loja. Respeite os prazos e respeite a política descrita pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Você tem mais chances de fazer vendas para quem já comprou no seu site do que para quem nunca comprou. Portanto, se o consumidor estiver satisfeito com os seus serviços, ele voltará a comprar na sua loja.
5. Divulgação: se ninguém sabe que sua loja existe, não adianta oferecer o melhor preço. Invista em ferramentas de marketing digital, como otimização SEO, links patrocinados (Google Adwords), e-mail marketing e redes sociais. Lembre-se de estar presente onde o seu público-alvo está presente. Atendimento, informação e qualidade geram vendas e clientes.
6. Fornecedores: faça uma cotação e procure por bons fornecedores. Escolha aqueles que entregam produtos de qualidade e no prazo correto. Também estabeleça um contrato mostrando responsabilidades e direitos de ambas as partes. Se você conseguir bons fornecedores de produtos e com entrega rápida, poderá trabalhar com menos estoque e rentabilizar a sua operação.
7. Cadastro de produtos: todos os produtos devem ter fotos com resolução adequada e descrição detalhada. Tome cuidado, pois dados incorretos geram reclamações, inclusive ao Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). A página do seu produto deve estar recheada de detalhes do produto, especificações técnicas, depoimento de outros compradores, produtos relacionados, entre muitas outras informações. Lembre-se de que o consumidor não está com o produto em mãos, portanto, a venda através da internet é muito diferente do que em uma loja física. O seu produto precisa encantar o seu cliente através da tela de um computador ou tablet. Uma página pobre e com poucas informações não gera resultados e vendas.
8. Formas de pagamento: escolha os parceiros financeiros e os meios de pagamento mais adequados para os clientes. Os mais utilizados são: cartão de crédito e boleto bancário. Se possível, também parcele o valor dos produtos. Escolha integrações com bons gateways de pagamento, integradores ou até mesmo operadoras de cartões. Se na hora de fechar uma compra no seu site a comunicação entre as empresa falhar, o pedido não será gerado e consumidor certamente sairá da sua loja para comprar em outra.
9. Resultados: depois de criar uma loja virtual, utilize ferramentas para analisar os resultados. Por meio das plataformas, como o Google Analytics, é possível saber o que está dando certo e o que ainda precisa melhorar em seu e-commerce. Essas ferramentas são essenciais para os próximos passos de sua loja virtual. Tente descobrir qual é o comportamento do seu público, qual produto mais lhe agrada, porque ele abandona carrinhos de compras, entre outros dados. Qualquer informação é útil para gerar uma nova funcionalidade ou alteração na loja que gere resultados.
10. Plataforma: escolha uma boa plataforma para criar uma loja virtual. Ela deve estar preparada para o crescimento do seu e-commerce. De nada adianta contratar um serviço simples e que atenda às suas necessidades atuais se ele não possibilitar o crescimento do e-commerce. Se você não escolher uma boa plataforma no começo, certamente terá que trocar no meio do caminho e iniciar tudo do zero. Esse caminho é mais trabalhoso, custa mais dinheiro e estanca o crescimento do seu e-commerce.