Discriminação nas relações de consumo

Levantamento feito pela Fundação Procon-SP revela que, entre os 1659 consumidores entrevistados, a maioria (55%) já sofreu discriminação ao estabelecer ou pretender estabelecer uma relação de consumo. A pesquisa apontou ainda que 62,40% dos discriminados possui um baixo poder aquisitivo – não tem renda ou faixa de renda é de até três salários mínimos. Ressalta-se que a condição financeira foi o principal (60,77%) motivo da discriminação nas relações de consumo na percepção dos entrevistados, seguidos pela cor (15,96%) e por ser mulher (8,20%).
O levantamento constatou ainda que, considerando a relação por cor e entrevistados em cada classificação de cor, os entrevistados da cor preta foram os mais discriminados: 65,38% pessoas que se classificaram como da cor preta declararam ter sofrido discriminação. Na relação por identidade de gênero e entrevistados em cada grupo, verificou-se que entre os homens transgêneros ocorreu a maior incidência de discriminação: 62,07% apontaram que foram discriminados.
Quanto ao local onde as pessoas foram discriminadas, os mais citados foram: 36,17% declararam ter sido em uma loja (de roupas, calçados, eletroeletrônicos, entre outras), 16,28% em estabelecimento financeiro (banco, financeira, seguradora e similares), 8,31% em shopping center, 5,90% em estabelecimento que oferece refeições, e 5,14% em concessionária de serviço público. Diante da discriminação, a maioria, 56,83% não tomou nenhuma atitude; 28,74% apenas exigiram respeito aos seus direitos; 10,16% notificaram a Ouvidoria da empresa; e, somente, 4,26% denunciaram às autoridades competentes, sendo que 18 recorreram ao Procon.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima