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Cíntia Brito, CHRO da Aurum

Diversidade e inclusão nas empresas: os caminhos para a transformação social

Ações inclusivas aumentam ainda mais o senso de pertencimento e a segurança psicológica dos colaboradores, tornando o diálogo mais assertivo e o trabalho em equipe mais eficiente

Autora: Cíntia Brito

Hoje, já não há a menor dúvida de que diversidade e inclusão não são apenas tendências passageiras de mercado, mas sim pilares fundamentais para qualquer empresa que deseja prosperar e deixar um legado positivo na sociedade. 

Com seu vasto alcance e recursos, o meio corporativo assume atualmente uma capacidade única de impulsionar mudanças sociais significativas. Por meio de sua influência, as organizações têm o poder de se posicionar como verdadeiras agentes transformadoras, promovendo a temática inclusiva que reverbera dentro de suas paredes e também em toda a comunidade, moldando uma sociedade mais justa e equitativa.

À primeira vista, você pode até achar que estou exagerando, mas o fato é que, hoje, é imprescindível reconhecer o papel do núcleo empresarial como protagonista de mudanças sociais. Isso porque, ao promover políticas inclusivas e um ambiente de trabalho diversificado, as companhias não apenas aprimoram sua própria cultura organizacional interna, mas também influenciam seus colaboradores a fomentar atitudes mais inclusivas em todos os ciclos pessoais. 

Além disso, as grandes marcas e negócios muitas vezes se apropriam de sua visibilidade pública para defender causas de diversidade e inclusão, inspirando e impulsionando outras organizações e as pessoas como um todo a seguirem o mesmo caminho.

Ações que mudam o jogo

Apesar da importância do discurso, os impactos destas mudanças se tornam mais substanciais a partir de aplicações práticas de políticas e iniciativas que valorizem as diferenças e promovam oportunidades igualitárias no campo de trabalho. Uma das formas mais tradicionais utilizadas pelo mercado, por exemplo, é a criação de vagas exclusivas para públicos direcionados. 

Por meio deste condicionamento para as contratações, as corporações garantem maior atração de candidatos de grupos historicamente marginalizados e abandonam vieses inconscientes no processo de seleção de talentos, aumentando a pluralidade dos perfis de candidatos e a diversidade da empresa.

Além disso, a estruturação de uma comunicação interna focada em inclusão e acessibilidade é outra tendência emergente e de implicação significativa, sendo capaz de engajar e alinhar a equipe de forma coletiva, especialmente em estruturas de trabalho remoto. 

Pensando de forma estratégica, o desenvolvimento de lideranças inclusivas é uma tendência que não pode passar despercebida. Afinal, a hierarquia empresarial é um dos fatores que possui maior impacto na segurança psicológica e no engajamento dos colaboradores como um todo. Se queremos que a organização seja diversa e inclusiva, precisamos garantir que nossas lideranças também o sejam e transcendam esta aspiração.

Uma prática ainda não tão difundida, porém já bastante prestigiada, é a organização de espaços e grupos de troca e reflexão. Neste trabalho tipicamente interno, os funcionários participam de dinâmicas em conjunto, fortalecendo a noção e conexão como time, reforçando o pertencimento coletivo e expandindo a cultura organizacional a novos níveis.

Identificação

De forma geral, os argumentos a favor de ações voltadas para a promoção da diversidade e inclusão são numerosos, destacando-se o aumento da inovação, criatividade, produtividade e até mesmo melhoria na performance e lucratividade geral da empresa. Focar em ações inclusivas aumenta ainda mais o senso de pertencimento e a segurança psicológica dos colaboradores, tornando o diálogo mais assertivo e o trabalho em equipe mais eficiente.

Para se ter uma ideia, dados levantados pela consultoria McKinsey revelam que as gerações millenial e Z, que estão cada vez mais assumindo o mercado de trabalho e de consumo, se relacionam e identificam com marcas e negócios que tenham valores e posicionamentos claros e alinhados aos seus. Sendo assim, não é difícil entender por que outro estudo da empresa norte-americana apontou que as organizações que investem em diversidade têm uma propensão de apresentar um lucro 15% a 35% acima da média do mercado.

No entanto, o caminho para iniciar essa jornada pode ser desafiador. São muitas as temáticas que necessitam ser abordadas, as limitações a serem consideradas e novos caminhos a serem percorridos. Mesmo assim, a reflexão sobre a inclusão no ambiente de trabalho é fundamental, não só para ocasionar mudanças neste local, mas para o impacto social como um todo. Até por isso, é imprescindível que as corporações não desviem desta responsabilidade como agentes transformadores e promovam um futuro mais justo e equitativo para funcionários e todos à sua volta.

Cíntia Brito é CHRO da Aurum.

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