E-commerce brasileiro já ganhou o mundo



Autor: Natan Sztamfater



O e-commerce brasileiro reflete o que era o mercado de comércio eletrônico norte-americano de quatro anos atrás. Ou seja, temos um vasto pool de oportunidades de negócios. Isto foi o que ressaltou a última edição do Irce (Internet Retailer Conference & Exhibition), um dos principais eventos de e-commerce dos Estados Unidos.



Não estando nos mesmos padrões de maturidade do mercado norte-americano, há muito ainda que evoluir em termos de competitividade no país. E, para continuar esbanjando o potencial inerente no e-commerce nacional, é preciso desenvolver e aprender junto às lojas virtuais dos EUA, importar somente as ideias mais interessantes e que sejam coniventes com a realidade brasileira.



Visto as perspectivas para o mercado nacional de comércio eletrônico, movimentando R$ 14,8 bilhões em 2010 e com mais de 23 milhões de e-consumidores, segundo dados da e-bit, o Brasil já está na rota de investimentos das principais empresas internacionais, desde prestadores de serviço até empresas de venture capital e private equity. 



Com a estabilidade e maturidade dos mercados norte-americano, canadense e europeu, o Brasil é a bola da vez na atenção dos empresários estrangeiros. E, é válido destacar a maturidade que o mercado de marketing digital e mídia digital brasileiro alcançaram no segmento de busca. Cada vez mais empresas investem em display mídia, trazendo novidades, novas campanhas que foquem maior conversão, utilizando segmentação e retargeting.



Além disso, as principais tendências já começam a aparecer. Para trilhar o caminho do sucesso norte-americano, o lojista virtual brasileiro deve passar a preocupar-se com o custo da aquisição de um cliente (COCA – Cost of Customer Acquisition) e com o valor ao longo da vida desse cliente dentro do negócio (LTV – Life Time Value), e também na criação e consolidação da marca de seu e-commerce. 



A tão buscada taxa de ROI (Return on Investiment) no Brasil deverá em breve cessar. Já que não se adéquam mais à realidade do e-commerce norte-americano com o alto nível de competitividade existente. E, que em pouco tempo também chegará por aqui. 



Ou seja, a edição 2011 do Irce trouxe a certeza de que temos um mercado com extremo potencial. Basta cada vez mais moldá-lo e aperfeiçoá-lo com ideias e tendências que desenvolveram os mercados mais consolidados, como os EUA, e que venham a se adequar com o padrão e os costumes brasileiros. Com as ferramentas postas à mesa, resta saber como o lojista virtual brasileiro irá se adequar a essa realidade.



Natan Sztamfater é CEO da CookieWeb.

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