Se, por um lado, a Copa do Mundo deverá ser um gatilho de vendas para muitas categorias esse ano; por outro, a eleição presidencial poderá frear o consumo no segundo semestre. Ainda assim, as previsões da Ebit são otimistas. O comércio on-line deverá continuar apresentando crescimento nominal acelerado, de 12%, com faturamento de R$ 53,5 bilhões.
Assim como aconteceu em 2017, o crescimento deve continuar sendo impulsionado pelo aumento do número de pedidos. No auge da crise, em 2015 e 2016, a expansão do faturamento teve como vetor o aumento dos preços, que impulsionou um tíquete médio mais alto. Como a cesta de produtos do e-commerce registrou deflação em 2017, de acordo com o Índice Fipe Buscapé, o valor médio gasto pelo consumidor aumentou em menor proporção, fechando em R$ 429, expansão de 3%.
Também deverão continuar impulsionando os números do setor a migração de usuários do varejo físico para o on-line e, principalmente, a expansão do uso de dispositivos móveis. Em 2017, 27,3% das compras foram realizadas via smartphones ou tablets. Ao passo que, para o final de 2018, o share deve representar um crescimento robusto de 37% das compras no último trimestre. “Quem já acessava redes sociais, serviços bancários e geolocalização pelo celular, em 2017, definitivamente também adotou a versão mobile para fazer compras”, comenta André Dias, diretor executivo da Ebit.
37º WEBSHOPPERS OUTROS DESTAQUES
RUMO AO HEXA: A Copa do Mundo deve impactar positivamente a venda de produtos, como televisores, bebidas e artigos esportivos.
CROSS BORDER: 22,4 milhões de brasileiros fizeram compras em sites internacionais e gastaram, em média, US$ 36,8 (cerca de R$ 117,8).
SEM PARCELAS: Praticamente metade das compras feitas no comércio eletrônico em 2017 foi paga à vista, apesar da importância do uso do cartão de crédito como o maior agente financiador de compras.
MARKETPLACE: Impulsionado pela expansão do Mercado Livre, o faturamento proveniente das vendas via marketplaces, incluindo produtos novos e usados, atingiu R$ 73,4 bilhões em 2017, alta de 21,9%.
NA LIDERANÇA: Smartphones/celulares ultrapassaram os eletrodomésticos, sendo a categoria mais vendida no e-commerce em 2017 em volume de faturamento. Destaque também para alimentos e bebidas, que entram pela primeira vez no ranking das dez principais categorias do e-commerce.
FRETE GRÁTIS: Varejistas aumentaram a oferta de frete grátis nas compras on-line. Entre o 4T16 e o 4T17 houve um aumento de 6 pontos percentuais (36% para 42%), influenciado pelo incentivo ao uso de aplicativos e à retirada de produtos em lojas físicas.
E-CONSUMIDORES: Mais de 55 milhões de consumidores brasileiros fizeram pelo menos uma compra virtual no ano passado, alta de 15% ante 2016. Em 2018, a Ebit estima mais de 60 milhões de compradores virtuais.