O comércio eletrônico paulista registrou faturamento real (já descontada a inflação) de R$ 3,6 bilhões no primeiro trimestre de 2016. O que representa um recuo de 7,4% na comparação com o mesmo período de 2015. Em 12 meses, o setor acumula queda de 2,7%. É o que aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada por meio de seu Conselho de Comércio Eletrônico, em parceria com a E-bit/Buscapé. A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico FecomercioSP/E-bit traça as comparações entre o faturamento mensal do e-commerce e das lojas físicas no Estado, segmentado em 16 regiões.
A participação do e-commerce nas vendas do varejo paulista também caiu e passou de 3,6% nos primeiros três meses de 2015 para 3,3% no primeiro trimestre deste ano. Já o número de pedidos online no Estado atingiu mais de 9 milhões no mesmo período. Ante os 10,267 milhões registrados em janeiro, fevereiro e março do ano passado. Segundo a assessoria econômica da Federação, a retração no faturamento do comércio eletrônico pode ser explicada, dentre outros fatores, pelo fato de muitas das atividades que mais estão sofrendo com a crise serem exatamente as com maior participação no varejo online. Por exemplo, vestuário e calçados e eletrodomésticos e eletrônicos,
Por outro lado, o tíquete médio ficou praticamente estável na comparação com o primeiro trimestre de 2015 e apresentou os mesmos R$ 378. Nos três meses iniciais de 2014, porém, o valor era 9,1% menor (R$ 344). Para a FecomercioSP, uma das razões para o aumento no valor médio de faturamento por pedido em dois anos é o fato de as vendas do e-commerce terem se concentrado em itens de maior valor. Além disso, a crise econômica pode ter freado a migração das camadas de menor renda para esse canal de compras. E, com a maior participação das faixas de maior renda, o valor do tíquete médio mantém-se elevado.
Capital
O comércio eletrônico na cidade de São Paulo fechou o primeiro trimestre de 2016 com faturamento real de R$ 1,3 bilhão. Queda de 5,8% se comparado com o mesmo período do ano passado. Em relação ao número de pedidos na capital, foram registrados mais de 3,8 milhões, com gasto médio de R$ 340, ante R$ 353 no primeiro trimestre de 2015.
De acordo com a Federação, embora a Capital tenha sido a região que mais se destacou com maior volume de pedidos, o tíquete médio foi o menor dentre as 16 regiões. A participação do e-commerce nas vendas do varejo, por sua vez, atingiu 4,2%, a segunda maior entre todas as regiões. Ficando atrás apenas da registrada no ABCD (4,5%).